O Banco Central Europeu (BCE) aumentou em 600 mil milhões de euros o orçamento do Programa de Compra de Ativos de Emergência Pandémica (conhecido pelo acrónimo inglês PEPP). Esta bolsa destina-se a limitar o impacto da crise causada pelo novo coronavírus e tem agora um teto de um bilião e 350 mil milhões de euros.
O anúncio foi feito no final do Conselho de Governadores do BCE, esta quinta-feira. O programa de compra de dívida destina-se a escudar as economias nacionais de tentações especulativas numa altura de profunda crise e incerteza.
A duração deste programa foi também alargada. Mais seis meses do que estava inicialmente previsto, até junho de 2021. Para o BCE, este reforço do PEPP está relacionado com a revisão das previsões de inflação e apoiará "as condições de financiamento da economia real, em particular das empresas e das famílias". A instituição adiantou que os títulos adquiridos no âmbito do PEPP que cheguem ao fim do seu prazo serão reinvestidos "pelo menos até ao fim de 2022".
Até 29 de maio, o BCE tinha adquirido com este programa dívida no valor de 234.665 milhões de euros, dos quais 186.603 milhões em dívida pública.
O programa de emergência é apenas uma parte dos instrumentos a que o BCE recorreu para enfrentar a crise.
Na reunião de hoje, o BCE deixou as taxas de juros inalteradas, com a principal taxa de refinanciamento a manter-se em zero, a taxa de depósitos em -0,50% e a taxa aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez em 0,25%.