O grupo IAG, que detém a British Airways e a Iberia, está a considerar abrir um processo contra o governo britânico. Em causa está o período de quarentena que o executivo de Boris Johnson decidiu implementar a partir do dia 8 de junho e que abrange praticamente todas as entradas no Reino Unido.
Willie Walsh, o diretor-executivo do consórcio, afirma que se trata de uma medida "irracional", acrescentando que as companhias aéreas não foram tidas, nem achadas.
As disposições de prevenção sanitária ditam 14 dias de isolamento para todos os viajantes que entrem no país, sejam britânicos ou estrangeiros. A disparidade de restrições entre países europeus tem gerado controvérsia.
A secretária de Estado do Turismo português, Rita Marques, explica, por exemplo, que "Portugal não adotou a quarentena, não existe imposição de confinamento aos que entram no país. Existe sim o objetivo de adotar uma regra segundo a qual é o país de origem que deve controlar o estado de saúde dos viajantes. Se todos implementarem essa medida, a quarentena deixa de ser necessária".
Também o homem forte da Ryanair, Michael O'Leary, veio posicionar-se contra a decisão, que considera "ineficaz" e uma ameaça para todo o setor do turismo.