medida que aumenta a perda de postos de trabalho, quase metade da mão-de-obra mundial corre o risco de perder os meios de subsistência.
Os últimos dados da Organização Internacional do Trabalho sobre o impacto da pandemia de COVID-19 no mercado laboral revelam o efeito devastador nos trabalhadores
Diz Guy Ryder, diretor-geral da OIT: "Sabemos que a redução do tempo de trabalho a nível mundial vai atingir os 10,5% no segundo trimestre do ano. E isso significa a perda do equivalente a 305 milhões de postos de trabalho a tempo inteiro no mundo".
A OIT diz que, dos 2 mil milhões de pessoas que trabalham informalmente em todo o mundo, cerca de 1,6 mil milhões sofreram "danos importantes na capacidade de ganhar a vida" porque ou foram diretamente afetadas pelo encerramento dos locais de trabalho ou se encontram em setores duramente atingidos pelas medidas de distanciamento social.
"Estimamos que o rendimento médio dos trabalhadores da economia informal em todo o mundo, o impacto será de 60%". Trata-se de pessoas que, mesmo numa situação normal, não ganham muito dinheiro. Por isso, os mais vulneráveis necessitam desesperadamente da ajuda da solidariedade internacional para sobreviverem, é esta a questão", explica Guy Ryder.
A OIT diz que nos setores mais atingidos pela pandemia, ou seja, o comércio retalhista e grossista, a indústria transformadora e os serviços às empresas, cerca de 436 milhões de empresas em todo o mundo correm um risco elevado de falência.