Está aberta a guerra entre as companhias aéreas e as associações de consumidores, sobre o reembolso das viagens compradas e entretanto canceladas. A associação francesa UFC-Que Choisir anunciou que vai notificar 57 companhias aéreas para que reembolsem os bilhetes cancelados devido à epidemia de Covid-19, em conformidade com a regulamentação europeia.
Este regulamento) estabelece regras comuns para a indemnização e a assistência aos passageiros em caso de recusa de embarque e de cancelamento.
Diz o ponto 13: "Os passageiros cujos voos sejam cancelados devem poder obter o reembolso dos seus bilhetes ou obter o reencaminhamento em condições satisfatórias e devem receber assistência adequada enquanto aguardam um voo posterior"
Mas, na atual situação, este princípio não funciona, afirmao diretor-geral da associação "Airlines for Europe", Thomas Reynaert: "Estamos a pedir uma alteração ao Regulamento 261, porque estamos a gastar muito dinheiro e nem sempre podemos reembolsar o dinheiro no caso de voos cancelados. Por conseguinte, o Regulamento UE 261 foi concebido para - diria eu - tempos normais", afirma,
Segundo o vice-presidente regional da IATA para a Europa, Rafael Schvartzman. As companhias aéreas europeias devem 10 mil milhões de dólares (9,2 mil milhões de euros) de volta aos clientes por voos cancelados.
A IATA também atualizou a estimativa e diz que estão em risco ainda mais postos de trabalho na Europa do que se temia antes.
O atual colapso de 90% do tráfego aéreo coloca em risco cerca de 6,7 milhões de postos de trabalho e poderá levar a um impacto negativo no PIB de 419 mil milhões de euros em toda a Europa.
A nova análise da IATA baseia-se num cenário de graves restrições de viagem com a duração de três meses, com um levantamento gradual das restrições nos mercados nacionais, seguido das viagens regionais e intercontinentais.