A economia chinesa voltou a travar em 2019 e atingiu um novo mínimo desde 1990. O crescimento da riqueza produzida fixou-se em 6,1 % - longe dos máximos de 15% de crescimento ao ano.
Sem reconhecer diretamente o impacto da guerra comercial com os Estados Unidos, que sobrecarregaram as importações chinesas com impostos, Pequim sublinha que o acordo assinado esta semana com Washington pode melhorar o desempenho no futuro.
Para Ning Jizhe, diretor do Instituto de Estatística da China, "a China e os Estados Unidos chegaram à primeira fase de um acordo económico e comercial, resultado de discussões de igual para igual. O acordo benificia ambas as partes. É muito útil para melhorar as previsões económicas não só para a China, mas para os Estados Unidos e para o resto do mundo."
A assistir de bancada, a União Europeia (UE) diz estar vigilante junto da Organização Mundial de Comércio sobre os impactos deste entendimento entre os dois gigantes mundiais.
Nicolas Chapuis, embaixador da UE na China diz ter recebido do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros "garantias formais de que os negócios europeus nunca seriam afectados pelo acordo Estados Unidos-China".
Depois de meses de impasse, o primeiro acordo comercial entre Pequim e Washington foi assinado esta quarta-feira. Os Estados Unidos mantêm taxas agravadas sobre produtos chineses no valor de 360 mil milhões de dólares.