LISBOA, 28 Mai (Reuters) - O ex-presidente do Sporting foi absolvido nesta quinta-feira da acusação de incitar um ataque violento dos adeptos aos jogadores da equipa de futebol há dois anos, uma vez que o tribunal condenou nove dos atacantes a cinco anos atrás das grades cada um.
Em Maio de 2018, um grupo de adeptos encapuçados do Sporting, armados com paus e cintos, atacou jogadores no campo de treino do clube, depois de a equipa não se ter classificado para a Liga dos Campeões.
Vários jogadores, incluindo o guarda-redes português Rui Patricio e o avançado holandês Bas Dost, abandonaram o Sporting em consequência.
Bruno de Carvalho, que foi eleito presidente em Junho de 2018, utilizou frequentemente as redes sociais para criticar os seus jogadores, mas negou ter incitado a qualquer violência.
"Estou inocente, eles deviam ter confiado em mim", disse Carvalho aos repórteres fora do tribunal, em Lisboa, depois de ter sido ilibado.
"Dei tudo ao Sporting, muitas vezes pus o clube à frente da minha vida, da minha família". Nenhum cidadão merece passar pelo que eu passei".
"É importante que todo o mundo desportivo se una para que estes eventos não voltem a acontecer", disse o Sporting num comunicado divulgado após a decisão do tribunal.
Um total de 44 pessoas foram acusadas de vários crimes após o ataque.
Nove dos arguidos foram condenados a cinco anos de prisão e 29 outros foram condenados a cinco anos de pena suspensa.
Um dos arguidos, condenado a pena suspensa, confessou em tribunal ter atingido Dost com um cinto durante o ataque.
Três outros arguidos foram condenados ao pagamento de multas.
Texto original em inglês: (Reportagem de Catarina Demony, traduzido para português por André Vitor Tavares em Gdansk Newsroom; Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)