BERLIM, 4 Jun (Reuters) - Madeleine McCann, a menina britânica que desapareceu no Algarve em 2007 com apenas três anos de idade, estará morta, e um preso alemão acusado de abuso infantil é considerado suspeito no caso de homicídio, afirmou na quinta-feira um procurador alemão
A polícia alemã informou nesta quarta-feira que o suspeito, que vivia perto da Praia da Luz, tomou a decisão espontânea de matar McCann durante uma invasão do apartamento onde dormia. A polícia estava a tratar o caso como suspeita de homicídio.
Nunca foi encontrado nenhum corpo. Mas as declarações alemãs de que a jovem estaria morta foram as mais autoritárias até agora sobre o que aconteceu. A família e os seus defensores sempre mantiveram a esperança de que ela pudesse ainda estar viva algures.
O Procurador Wolters afirmou que o suspeito é um agressor sexual com múltiplas condenações, inclusivé por abuso sexual de crianças.
O suspeito, cujo nome não foi tornado público, viveu no Algarve entre 1995 e 2007 e trabalhou no sector da restauração, em hotéis e apartamentos de férias, bem como no tráfico de drogas, informou a polícia alemã. Encontra-se actualmente detido por outro motivo.
A polícia britânica e alemã apelou a informações sobre o homem - que vivia em Braunschweig, no norte da Alemanha, antes de se mudar para o estrangeiro - e divulgou fotografias de veículos - uma caravana Volkswagen e um Jaguar - que utilizou na altura.
A polícia britânica afirmou que o caso continua a ser um inquérito sobre uma pessoa desaparecida.
A polícia disse que queria falar com uma segunda pessoa, não identificada, que falou com o suspeito alemão a partir de um número de telefone português no dia 3 de Maio de 2007, por ocasião do desaparecimento de McCann.
Texto original em inglês: (Reportagem de Michelle Martin e Paul Carrel, traduzido para português por André Vitor Tavares em Gdansk Newsroom; Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)