O Museu do Futuro do Dubai ambiciona compreender como é a tecnologia pode melhorar o espírito e o corpo dos seres humanos e contribuir para o desenvolvimento social e económico.
A estrutura de 30 mil metros quadrados e 77 metros de altura possuiu uma fachada de aço inoxidável iluminada por 14 mil metros de caligrafia árabe. No interior, o público tem acesso a exposições multimédia que compõem um percurso pelo futuro até 2071.
“Ao contrário dos museus típicos onde o valor das exposições aumenta com o tempo porque as obras se tornam mais antigas, quando se fala do futuro, é preciso saber manter-se constantemente relevante. Por isso, estamos muito entusiasmados com a forma como podemos criar continuamente essa história. Uma forma que nos leva através de um futuro distante, o sonho e a imaginação até um futuro próximo e um futuro mais tangível onde as pessoas podem ver o que vai acontecer nos próximos anos, em vez de todo o caminho até 2071”, disse à euronews Khalfan Belhoul, presidente da Fundação Dubai Future.
Cada piso retrata um tema diferente: o espaço, os ecossistemas, a bioengenharia, a saúde e o bem-estar. O museu aposta na realidade virtual e aumentada, no chamado Big Data, na robótica e na Inteligência Artificial.
Um ecossistema virado para o futuroUm dos objetivos é acolher laboratórios de inovação dedicados à saúde, educação, às cidades inteligentes e à energia e transportes e testar invenções em parceria com institutos de investigação e universidades.
"Em primeiro lugar, podemos falar da importância da tecnologia científica, identificada como um dos motores globais do desenvolvimento. Para nós, é um ingrediente importante no desenvolvimento e na diversificação da economia e sobretudo para aumentar o impacto e os resultados dos atuais setores da nossa economia. Tendo em conta esses elementos, é necessário um ecossistema inteiro a trabalhar em conjunto. Temos a indústria. As nossas instituições académicas que estão a aumentar ainda mais as suas capacidades de investigação. Temos a legislação que nos permite experimentar e testar as coisas. E depois temos uma âncora, o Museu do Futuro do Dubai, que fornece as pessoas, que é o ingrediente mais importante da inovação e do desenvolvimento. Tudo isso cria um contexto que permite pensar o desenvolvimento e a compreender os desafios", disse Sarah Al Amiri, ministra de Estado da Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos e presidente da Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos".
Richard Browning conhecido como o "Homem de Ferro da vida real" por ter inventado um exoesqueleto com mini propulsores que lhe permite voar, esteve presente na inauguração do museu do Dubai.
“A abertura do Museu do Futuro é muito entusiamante para mim porque vejo aqui uma sobreposição entre os valores que impulsionaram o desenvolvimento do fato que estou a usar e o conteúdo do museu. Há uma filosofia, um espírito de inovação partilhado, que é inspirador e entusiasmante”, afirmou Richard Browning.
O Museu do Futuro do Dubai encontra-se aberto ao público desde 25 de fevereiro.