Os desportos eletrónicos são cada vez mais populares e há jogadores profissionais que fazem carreira nesta área.
A indústria do desporto eletrónico está em expansão. Vamos conhecer os desafios de uma carreira no mundo dos esports, onde há toda uma série de competições organizadas de videojogos, entre indivíduos ou equipas, disputadas por meio de computadores, consolas ou dispositivos móveis.
Os Giants, um dos grupos mais antigos de desporto eletrónico em Espanha, tem uma base de fãs "muito apaixonada e dedicada", disse à euronews Alejandro Pedrosa, o treinador principal do grupo.
A equipa venceu a Superliga League of Legends sete vezes. Nesta área, é frequente os jogadores começarem a carreira na adolescência.
Uma carreira na área digital"Integreo os Giants quando tinha 17 anos, e a partir daí percebi que se podia ganhar a vida desse modo, ganhar um salário, ter futuro", contou-nos o jogador Antonio Espinosa, que é hoje considerado como um dos jogadores mais talentosos do mundo dos videojogos.
Mas o outro lado da moeda é a enorme pressão sentida pelos jogadores.
O assédio online no mundo dos esports"Estamos exposto a muitas pessoas e milhares de pessoas vêem-nos jogar. Se fazemos algo de errado, insultam-nos e dizem coisas más", explicou-nos Antonio Espinosa.
Algumas pessoas não se limitaram a criticar a forma de jogar e fazem comentários sobrea a vida privada dos jogadores.
"Eu estava numa relação com uma rapariga, e quando estávamos juntos havia duas pessoas que nos perseguiam e comentavam tudo o que fazíamos", acrescentou o jogador.
Quando a situação de abuso se agravou, Antonio decidiu apresentar queixa à polícia, mas como o agressor não era de Espanha, as autoridades não foram capazes de ir muito longe.
As mulheres nos esportsO género também pode desempenhar um papel importante nos abusos online.
"Acredito em termos de ódio, vivi os mesmos níveis de ódio numa equipa mista e numa equipa só de mulheres. As pessoas dizem: 'tens de ir para uma equipa feminina porque não se é suficientemente boa para estar numa equipa mista", relatou Jess Gorzycka, jogadora dos Giants.
Apesar das experiências negativas, Jess acredita que os aspetos positivos ultrapassam os lados menos bons.
"Sempre considerei o jogo em direto como o melhor trabalho do mundo. Há problemas, mas o meu público é muito compreensivo e quer o melhor para mim", contou a jogadora.
Clique no vídeo para ver a nossa reportagem sobre os Giants, um dos grupos mais antigos de desporto eletrónico em Espanha.
Todas as semanas em_Hacker: HUNTER Next Level_ contamos histórias da vida real de hackers na indústria dos jogos e colocamos a pergunta: será que o hacking poderá ser alguma vez uma força do bem?