O Produto Interno Bruto português cresceu 2,6% no primeiro trimestre de 2022 e, em termos homólogos, 11,9%.
Foi o consumo interno o fator que mais contribuiu para esta desempenho surpreendente da economia portuguesa, que contrasta com a morosidade na Zona Euro, onde a média não foi além de um crescimento de 0,2%, segundo os dados divulgados pelo Eurostat.
Nas principais economias do euro, o crescimento foi mínimo. PIB espanhol cresceu 0,3% e o alemão 0,2%.
A economia francesa estagnou e a italiana perdeu 0,2%.
São os efeitos da guerra na Ucrânia, numa altura em que as economias começavam a recuperar da pandemia.
Incerteza, baixo consumo e subida da inflação são os travões do crescimento na Europa.
Na zona euro a inflação chegou aos 7,5% no primeiro trimestre do ano. Em Portugal mantinha-se mais baixa (5,3%) tendo subido para os 7,2% em abril, um recorde dos últimos 29 anos.
O governo português estima um crescimento anual de 4,9%, a mesma estimativa do Banco de Portugal. O Conselho das Finanças Públicas aponta para um crescimento de 4,8% em 2022.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é menos otimista prevendo que a economia portuguesa cresça este ano 4%.