Mil trabalhadores do aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, principal plataforma aérea da capital francesa, manifestaram-se esta quinta-feira para denunciar a precaridade e supressão de postos de trabalho geradas pela crise do coronavírus.
Abdelaziz Nacer, secretário-geral do sindicato STAAAP: "Deram sete mil milhões [de euros em ajudas] à Air France, mas nada para os subcontratados. Há milhares de despedimentos em cima da mesa. Oitocentos trabalhadores já foram despedidos e é apenas o início."
Consequência da crise, o aeroporto parisiense perdeu, em fevereiro, 82,7% dos passageiros em comparação com o mesmo mês em 2020. Numa entrevista, o presidente dos Aeroportos de Paris estimou um corte de um terço dos postos de trabalho em Roissy-Charles-de-Gaulle.
Heathrow prepara greve na Páscoa
No principal aeroporto de Londres, Heathrow, também se prepara um protesto mas por razões distintas: os funcionários da imigração prevêem uma semana de greve, em plena Páscoa, para protestar contra a sobrecarga nas condições de trabalho, nomeadamente devido ao controlo manual de testes anti-Covid e declarações de quarentena.