A Alemanha sente há seis dias os efeitos da greve de condutores da Deustche Bahn, principal operadora de comboios do país. Um protesto para exigir, nomeadamente, uma subida de 3,2 por cento nos salários e um prémio de 600 euros por trabalharem durante o período da pandemia.
O presidente do sindicato de maquinistas, Claus Weselsky, explica que "não se trata simplesmente do aumento nos salários, mas de impedir que limitem aos condutores de comboios, auxiliares e empregados do 'catering', o que impedirá efetivamente que alcancem a maioria na empresa".
Entre os viajantes, as opiniões divergem face ao longo protesto, que dura desde a passada quarta-feira.
Se um utente afirma que "é justo fazerem greve por um melhor salário" e que "a culpa é da empresa, que não paga de forma adecuada", outra discorda e diz que "é dececionante que seja à custa dos clientes", o que para ela "não está correto".
É a terceira greve no espaço de um mês e a mais longa da difícil ronda de negociações entre trabalhadores e patronato. Esta segunda-feira a Deutsche Bahn dizia ter capacidade para manter cerca de um terço dos comboios de mercadoria e passageiros previstos.