O Twitter acabou de receber um impulso de peso no braço de ferro que opõe a rede social a Donald Trump. Para grande indignação do presidente americano, aquela que era a sua plataforma de comunicação favorita passou a sinalizar as mensagens com apologias da violência ou informações duvidosas.
Agora, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, escreveu um tweet a revelar que falou com o fundador da rede, Jack Dorsey, e a congratular-se "pelo contributo feito para garantir o respeito destas plataformas pela abordagem europeia e, ao mesmo tempo, inovar".
Noutro texto, Breton pergunta "que papel podem estas redes ter para evitar campanhas de desinformação" e "como evitar a disseminação online de discursos de ódio".
Já a vice-presidente da Comissão Europeia, Věra Jourová, veio acrescentar que os políticos devem responder "às críticas com factos, e não com ameaças e ataques".
O debate é mais intenso à medida que se sabe que vários trabalhadores do Facebook desencadearam um protesto cada vez mais ruidoso contra o próprio fundador da empresa. Mark Zuckerberg é acusado de continuar a permitir que Donald Trump publique textos incendiários na sua rede. E enfrenta várias promessas de funcionários de que a luta pela mudança vai continuar.
Também três conhecidos grupos de direitos civis americanos (Color of Change, The Leadership Conference on Civil and Human Rights e NAACP - Legal Defense and Educational Fund) apontam baterias a Zuckerberg. Numa declaração conjunta consideraram que o empresário recusa entender que "o Facebook está a veicular os apelos à violência de Trump", estando "a criar um precedente muito perigoso".