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União Europeia apoia jovens a entrar no mercado de trabalho

Publicado 20.04.2022, 15:00
União Europeia apoia jovens a entrar no mercado de trabalho

Os jovens têm sido bastante atingidos pelos efeitos económicos da pandemia: são os primeiros a perder os empregos, a verem uma quebra nos rendimentos e a lutar para encontrar trabalho. 2022 é o Ano Europeu da Juventude, e por isso perguntamos: o que está a ser feito para ajudar os jovens desfavorecidos a encontrar emprego e formação?

Ano Europeu da Juventude.Os jovens - com idades compreendidas entre os 15 e 29 anos - constituem um sexto da população da Europa, mas têm dificuldades quando se trata de conseguir um emprego.

Embora o desemprego esteja a diminuir, nesta faixa etária, os jovens ainda têm o dobro das probabilidades de estarem desempregados em comparação com a restante população em idade ativa.

Um em cada oito não trabalha, não estuda nem segue uma formação. Estes jovens são conhecidos como NEETS.

Para ajudar a ultrapassar a clivagem e a levar os jovens a trabalhar, a Garantia para a Juventude da União Europeia assegura que todos os jovens que se inscrevam, com menos de 30 anos, receberão uma oferta de emprego, aprendizagem, educação, ou formação no prazo de quatro meses.

Desde a sua adoção em 2013, mais de três milhões de jovens tiveram uma oferta, todos os anos, o que significa que, até hoje, 36 milhões de pessoas foram beneficiadas.

Garantia para a JuventudeUma das formas de tornar a Garantia para a Juventude uma realidade é ajudar os jovens a adquirir novas competências e confiança, trabalhando no estrangeiro. Uma nova iniciativa chamada ALMA - um acrónimo para Aim, Learn, Master, Achieve (Apontar, Aprender, Dominar, Atingir) - irá oferecer exatamente isso em toda União Europeia no final deste ano.

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A jornalista da euronews, Fanny Gauret, foi até à Chéquia onde entrevistou duas jovens recém-chegadas da Irlanda, onde estagiaram durante dois meses. Foi com a Expedition Ireland: um programa para jovens desempregados com menos de 30 anos, oriundos de meios desfavorecidos.

Julie Baštová cresceu em famílias de acolhimento, muitas vezes em condições difíceis. Formou-se como assistente social, mas foi para Dublin, a capital irlandesa, para fazer um estágio em design gráfico, a sua paixão.

Julie é assistente social e pretende ser designer gráfica euronews

"Consegui trabalhar sem qualquer experiência prévia nesta área. Não poderia ter feito isso aqui. Aprendi muito graças ao programa. Consegui ver como é realmente um local de trabalho. Ajudei, também, a ilustrar um livro infantil, por isso tenho algo para mostrar". A experiência permitiu-lhe, ainda, aprender "a ser muito mais autossuficiente", sublinha.

O Expedition Ireland faz parte da iniciativa europeia TLN Mobility. Com um orçamento total de 100 milhões de euros - dos quais 70% provêm do Fundo Social Europeu - este programa já apoiou cerca de 7.000 jovens desfavorecidos no seu percurso para encontrar um emprego.

Uma mentora esteve presente em cada etapa do projeto : aulas de inglês, a procura por um estágio e oferecendo apoio, algo que é essencial, segundo Tomke Trávníček, gestora nacional do projeto :

"Para os jovens desfavorecidos, que não têm experiência em irem para o estrangeiro, muitas vezes têm uma educação inacabada... Não partiriam para um programa Erasmus, porque têm demasiado medo... Uma vez no estrangeiro, a sua motivação aumenta, a sua autoestima aumenta muito, e também obtêm experiências de trabalho", refere.

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Denisa Hönigová esteve, também, a estagiar na Irlanda. A jovem sofre de ansiedade social, o que afeta bastante a sua vida. Conheço-a neste café, onde trabalha desde que regressou da Irlanda. Devido à sua ansiedade, ela não terminou os estudos e lutava para manter um emprego.

Estagiar no estrangeiro permitiu a Denisa melhorar a autoestima euronews

Hönigová conta que "estava meio perdida e, talvez, com esperança de conseguir algo melhor, melhorando-me a mim própria. Penso que ir para um país diferente, experimentar todas as coisas que fiz, trabalhar e falar com estranhos, o tempo todo, viver com estranhos também ajudou muito."

Graças a esta experiência, Denisa melhorou o seu relacionamento com os outros e o estágio permitiu-lhe perceber que quer trabalhar em moda alternativa.

"Fez-me perceber que talvez queira ter a minha própria marca. Estou a trabalhar nisso", afirma a jovem.

Em 2019, um em cada três jovens passou pelo menos duas semanas no estrangeiro para trabalhar ou em formação. Esta tendência pode colocar os jovens mais desfavorecidos em desvantagem.

Inspirado no TLN Mobility, um novo projeto europeu chamado ALMA visa oferecer-lhes as mesmas oportunidades. Em Bruxelas, Manon Deshayes do Fórum Europeu da Juventude diz que certas garantias têm de estar em vigor para que o ALMA seja um êxito:

"O ALMA pode ser uma grande experiência para os jovens, pode ser uma verdadeira mais-valia, mas precisa de vir com aquelas garantias de um salário, de acesso à proteção social. Se isso não for garantido, não será uma mais-valia para os jovens", afirma.

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O objetivo destas medidas é oferecer a cada jovem um lugar de qualidade no mercado de trabalho.

Solidariedade para com os jovens da UcrâniaHá um novo grupo de jovens que estão repentina e inesperadamente à procura de trabalho ou de continuar os estudos na Europa - e são os jovens ucranianos que fogem da guerra após a invasão do país perpetrada pela Rússia. A União Europeia concedeu-lhes o direito de trabalhar e estudar e acaba de anunciar fundos para ajudá-los.

Entrevistámos o comissário europeu para o emprego e direitos sociais, Nicolas Schmit.

Nicolas Schmit - comissário europeu para o emprego e direitos sociais euronews

Naomi Lloyd, Euronews : Qual será o financiamento da União Europeia para ajudar estes jovens ucranianos a encontrar trabalho e a continuar os estudos?

Nicolas Schmit: "Estes são fundos que ainda não foram utilizados pelos fundos de coesão nem pelo FSE (Fundo Social Europeu). E para dizer a estes Estados-membros "por favor aceite este dinheiro e pode, de uma forma muito flexível, utilizá-lo para financiar projetos para os refugiados ucranianos". Estamos a falar de milhares de milhões de euros que podem ser utilizados rapidamente. Agora, o acesso ao mercado laboral, também estamos a trabalhar nesse sentido. Estamos a facilitar o reconhecimento através de um sistema que foi traduzido agora, também em ucraniano, o reconhecimento dos seus diplomas e das suas competências."

Naomi Lloyd, Euronews: E temos esta iniciativa emblemática a surgir, o ALMA . Como é que vai ajudar as pessoas desfavorecidas?

Nicolas Schmit: "Oferecendo uma coisa que estes jovens precisam: isto é confiança em si próprios. Oferecendo-lhes uma nova oportunidade, uma nova oportunidade de descobrir algo, mas também de se tornarem autónomos. Creio que isto pode ajudar estes jovens a construírem, depois, as suas vidas, a construírem uma carreira, a encontrarem algum emprego estável."

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Naomi Lloyd, Euronews: Há algumas preocupações sobre as colocações que poderiam ter estágios não remunerados. Como é que se certificam de que isso não acontece?

Nicolas Schmit: "Se esta pessoa trabalha, não só este jovem deve ter proteção social - A segurança social, que é assumida pelos fundos europeus, pelo FSE (Fundo Social Europeu), mas, também, a empresa que emprega o jovem terá de pagar um salário."

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