Investing.com - Pressionada pelo setor da banca, a bolsa de Lisboa arrancou a semana em terreno negativo. O principal índice da praça portuguesa abriu a sessão a desvalorizar 0,47%, para os 5.734,23 pontos.
O tombo protagonizado pelas ações do BES era o que mais castigava o mercado nacional. À medida que a sessão avançava o PSI 20 cedia 0,66%, com seis cotadas em alta e 14 em baixa.
Os títulos do banco liderado por Ricardo Salgado cediam 4,64% para os 0,698 euros, refletindo os resultados semestrais, aquém das expectativas, divulgados na sexta-feira passada. O banco apresentou prejuízos históricos de 237,4 milhões de euros no primeiro semestre do ano, contra o lucro de 25,5 milhões em igual período do ano passado.
Ainda no setor da banca, as ações do Banif recuavam 2,0% para os 0,049 euros, no dia em que o banco deverá apresentar os resultados da Oferta Pública de Subscrição (OPS). Os títulos do BPI e do BCP cediam 1,08% e 1,05% para os 1,01 euros e 0,094 euros respetivamente. Para hoje espera-se a apresentação de resultados relativos ao segundo trimestre por parte do BCP.
Também a castigar a praça lisboeta estava o setor das telecomunicações, com destaque para a queda da Portugal Telecom, com um recuo de 0,98% para os 2,941 euros. Os títulos da Zon Multimédia e Sonaecom cediam 0,53% e 0,11% para os 4,128 euros e 1,788 euros respetivamente.
O setor energético impedia maiores perdas na praça lisboeta, animado pelas valorizações da EDP e EDP Renováveis, com subidas de 0,43% e 0,85% para os 2,576 euros e 3,8 euros respetivamente.
Os títulos da Galp estavam em alta de 1,08% para os 12,15 euros. O lucro da Galp caiu 9,3% no primeiro semestre deste ano, face a igual período do ano passado, atingindo os 162 milhões de euros, divulgou esta manhã a petrolífera. Os números são ainda assim melhores do que o previsto pelos analistas.
As ações da Mota-Engil subiam 2,79% para os 2,766 euros e as da Jerónimo Martins 0,09% para os 16 euros.
Superada a crise política vivida em Portugal, os juros da dívida soberana subiam hoje a dez anos e desciam a dois e a cinco anos face aos valores de encerramento de sexta-feira.
Lá fora, as praças de referência do velho continente abriram sem rumo, mas o otimismo ganhou terreno entre alguns os investidores, de olhos postos nos resultados de algumas empresas.
Caso da Danone, por exemplo, que superou as previsões dos analistas. Já a Ryanair apresentou uma queda de 21% nos lucros. O índice Eurostoxx 50 avançava 0,34% para os 2.751, 36 euros.
O FTSE londrino 0,50% e o DAX alemão 0,65%. O MIB italiano recuava 0,58%. Em contra ciclo, o IBEX madrileno subia 0,12% e o CAC francês 0,32%.