CÂMBIO-Dólar amplia queda e ronda R$3,20 após Yellen não indicar alta de juros no curto prazo

Publicado 26.08.2016, 15:50
© Reuters.  CÂMBIO-Dólar amplia queda e ronda R$3,20 após Yellen não indicar alta de juros no curto prazo
BRBY
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* Yellen diz que hipótese de alta de juros vem crescendo

* Chair do Fed não indica quando elevação deve acontecer

* Dólar chega a saltar após discurso, mas devolve ganhos

* Julgamento do impeachment de Dilma segue nos holofotes

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO, 26 Ago (Reuters) - O dólar ampliou a queda para cerca de 1 por cento e voltou a girar em torno de 3,20 reais nesta sexta-feira após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, não dar sinais de que o banco central norte-americano elevará os juros em setembro, embora tenha afirmado que a hipótese de aumento neste ano vem ganhando força.

Às 11:49, o dólar BRBY recuava 0,75 por cento, a 3,2075 reais na venda, após chegar a 3,1968 reais na mínima do dia.

A moeda norte-americana chegou a disparar a 3,2385 reais, máxima da sessão, imediatamente após as decalarações de Yellen, mas devolveu os ganhos logo em seguida. O dólar futuro DOLc1 caía por volta de 1 por cento no fim da manhã.

"A mensagem de que os juros podem subir neste ano não é nova, já vinha das últimas semanas. O que é novo é que, pelo jeito, Yellen está mais próxima daqueles que querem um aumento no fim do ano do que daqueles que querem um aumento agora", afirmou o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Em seu aguardado discurso em Jackson Hole, nos EUA, Yellen não indicou quando espera que o Fed volte a elevar os juros após aumento em dezembro passado, mas adotou um tom que reforça a avaliação de que isso pode acontecer novamente até o fim do ano. viram no pronunciamento sinal de que Yellen não está completamente alinhada com o influente presidente do Fed de Nova York, William Dudley, que havia afirmado que uma alta de juros em setembro era "possível".

As taxas de juros futuros dos Estados Unidos mostravam nesta manhã, segundo o FedWatch, chances de 50 por cento de o Fed subir os juros em dezembro, contra 25 por cento em novembro e 18 por cento em setembro. mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em mercados emergentes, como o Brasil.

No cenário local, investidores seguiam atentos ao julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Espera-se que o Senado confirme o afastamento em voto final na madrugada de quarta-feira.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 10 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares. (Por Bruno Federowski; Edição de Patrícia Duarte)

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