CÂMBIO-Dólar tem 4ª queda seguida e vai a R$3,18, menor cotação em dois meses

Publicado 13.10.2016, 21:33
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* Maia sinaliza que repatriação pode voltar à pauta

* Fluxo cambial fica positivo na primeira semana do mês

* Petróleo sobe no exterior

Por Claudia Violante

SÃO PAULO, 13 Out (Reuters) - O dólar mais uma vez não conseguiu sustentar os ganhos iniciais e terminou a sessão em queda ante o real, a quarta consecutiva, influenciado pela alta dos preços do petróleo no exterior, pela notícia de que a repatriação poderá voltar à pauta da Câmara dos Deputados e pelo fluxo positivo da última semana.

O dólar BRBY recuou 0,57 por cento, para 3,1816 reais, menor cotação desde 11 de agosto. Foi a quarta sessão consecutiva de baixa, período no qual acumulou queda de 1,27 por cento. Na mínima, a moeda marcou 3,1775 reais e, na máxima, 3,2191 reais. Às 17h, o dólar futuro DOLc1 recuava de 0,5 por cento.

"O petróleo subindo com a queda do estoque de combustíveis nos EUA fez o dólar devolver a alta ante o real vista mais cedo", comentou um operador de câmbio de uma corretora nacional.

Os estoques norte-americanos de derivados caíram 3,7 milhões de barris na última semana, ante expectativa de recuo de 1,593 milhão de barris segundo pesquisa Reuters. presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que o projeto que altera as regras de repatriação de recursos não declarados no exterior pode voltar à pauta na próxima semana, desde que haja um acordo entre lideranças na Casa. notícia da repatriação não era esperada e ajudou o dólar a perder força ante o real", disse o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

O resultado do fluxo cambial também favoreceu o recuo do dólar ao mostrar entrada líquida de 534 milhões de dólares na primeira semana deste mês. mostra ingresso de recursos e pode já ser da repatriação", destacou o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

Pela manhã, a moeda operou em alta favorecido pela percepção de aumento dos juros dos Estados Unidos em breve e pelo resultado fraco da balança comercial chinesa, que trouxe maior aversão ao risco no mercado externo.

Na quarta-feira, a ata do último encontro do Federal Reserve trouxe que, para vários membros votantes do banco central norte-americano, um aumento da taxa de juros seria justificado "relativamente em breve" se a economia dos Estados Unidos continuar a se fortalecer. China divulgou nesta madrugada o resultado da sua balança comercial de setembro, que mostrou recuo de 10 por cento das exportações, ante previsão do mercado de queda de 3 por cento, e de 1,9 por cento nas importações, ante previsão de alta de 1 por cento. manhã, o Banco Central vendeu todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso --equivalente à compra futura de dólares-- em leilão nesta manhã. (Edição de Camila Moreira e Raquel Stenzel)

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