Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 8 Ago (Reuters) - O dólar operava com leves oscilações nesta terça-feira, ainda "preso" à uma espécie de banda informal de 3,15 a 3,10 reais desde meados de julho, com os investidores de olho nas articulações políticas do governo para conseguir dar andamento às reformas, sobretudo a da Previdência, no Congresso Nacional.
Às 10:16, o dólar BRBY avançava 0,11 por cento, a 3,1288 reais na venda, depois de fechar estável na véspera. O dólar futuro DOLc1 operava com alta de cerca de 0,15 por cento.
"O mercado está mais otimista, mas a pergunta que se faz é se a reforma da Previdência conseguirá ser votada com o capital político atual do presidente (Michel) Temer", afirmou o analista-chefe da corretora Rico, Roberto Indech.
Depois que conseguiu barrar denúncia por corrupção passiva contra ele na Câmara dos Deputados, Temer lançou ofensiva para colocar em votação da reforma da Previdência, importante para o ajuste das contas públicas e dar sinal positivo a investidores.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu a manutenção do projeto aprovado na comissão especial. "Mas evidentemente,... vamos discutir democraticamente e fazer aquilo que é possível", acrescentou. bom humor que vem permeando o mercado cambial no Brasil também tinha influência externa. Lá fora, o dólar recuava frente a uma cesta de moedas .DXY diante de visões de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode não elevar os juros nos Estados Unidos mais uma vez neste ano. mais altos tende a atrair à maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
"A alta recente (dos preços) das commodities e alta gradual nos juros nos Estados Unidos favorecem (a queda do dólar)", comentou Indech.
O dólar caía também ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano MXN= e rand sul-africano ZAR= .
(Edição de Patrícia Duarte)