Poupe 40%
Novo! 💥 Adira a ProPicks e veja a estratégia que superou o S&P 500 em + de 1,183% Poupe 40%

CÂMBIO-Dólar tem maior queda para junho em 3 anos, puxado por otimismo com reformas e Fed

Publicado 28.06.2019, 22:08
Atualizado 28.06.2019, 22:10
© Reuters.  CÂMBIO-Dólar tem maior queda para junho em 3 anos, puxado por otimismo com reformas e Fed

(Texto atualizado com mais informações)

Por José de Castro

SÃO PAULO, 28 Jun (Reuters) - O dólar subiu nesta sexta-feira, mas acumulou ao longo de junho a maior queda para o mês em três anos, na esteira de uma maior confiança na aprovação da reforma da Previdência e da expectativa de aumento de liquidez no mundo a partir de cenário de cortes de juros nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, o dólar à vista BRBY fechou em alta de 0,21%, a 3,841 reais na venda. Na semana, a cotação ganhou 0,45%.

Mas o dólar cedeu 2,13% em junho --primeira e maior queda mensal desde janeiro (-5,57%). Para meses de junho, é a maior baixa desde 2016 (-11,05%).

No segundo trimestre, o dólar acumulou depreciação de 1,90%. Na primeira metade do ano, a baixa foi de 0,87%.

Depois de um mês de janeiro de firme baixa, o dólar tomou fôlego até meados de maio, puxado pelo recrudescimento de incertezas sobre a agenda de reformas no Brasil.

Mas a partir de então governo e Congresso passaram a emitir mensagens mais alinhadas sobre a reforma da Previdência, o que permitiu forte descompressão de risco no mercado cambial. Esse movimento se intensificou em junho, à medida que estrangeiros desmontaram posições compradas em dólar.

Segundo Moises Beida, gestor multimercado da SRM Asset, o investidor estrangeiro se desfez de 4,405 bilhões de dólares em posições a favor do dólar nesta semana, derrubando a posição comprada desse grupo de agentes a 28,71 bilhões de dólares, a mais baixa deste ano.

A venda de dólares pelos estrangeiros reflete ainda a percepção de que a moeda norte-americana pode sofrer pressão global de baixa caso o Federal Reserve confirme expectativa de corte de juros nos EUA.

Juros mais baixos nos EUA melhoram a relação risco/retorno para aplicações em ativos de mercados mais arriscados, como os emergentes, o que pode estimular entrada de capital para o Brasil, por exemplo. Com isso, há aumento da oferta de dólar, o que tende a reduzir o preço da moeda.

Mas alguns analistas já ponderam que o dólar se encontra próximo do que seria um patamar "justo", o que limitaria o espaço para mais desvalorização à frente.

"Aumentamos a exposição ao dólar de neutro para acima do neutro em nossa alocação de ativos táticos", disse Ronaldo Patah, estrategista de mercados emergentes do UBS. "Acreditamos que o real está próximo de seu valor justo e essa posição ajuda a proteger-se contra riscos no portfólio", concluiu em nota a clientes.

O BofA diz que o real perdeu o posto de moeda preferida nos mercados emergentes para o zloty polonês PLN= . De acordo com estrategistas do banco, a posição em real caiu para 1,10% "acima da média do mercado" em maio (dado mais recente), ante 1,31% no fim de abril.

"(Porém) ainda acreditamos que o real terá desempenho melhor que, por exemplo, o peso mexicano, conforme o governo faz novos progressos na reforma da Previdência", finalizaram estrategistas do BofA em relatório. (Edição Alberto Alerigi Jr.)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.