(Texto atualizado com mais informações)
Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO, 27 Nov (Reuters) - O dólar deixou para trás a queda inicial e tinha leve alta contra o real nesta quarta-feira, depois de atingir recordes históricos na sessão anterior, com os investidores atentos à atuação do Banco Central diante da disparada recente da moeda norte-americana.
Às 10:14, o dólar BRBY avançava 0,21%, a 4,2486 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez DOLc1 registrava alta de 0,12%, a 4,240 reais.
O dólar fechou o pregão anterior com alta de 0,59%, a 4,2398 reais na venda, um recorde histórico, e chegou a tocar os 4,2785 reais na máxima intradia.
Diante desse salto histórico, o Banco Central promoveu na terça-feira dois leilões extraordinários, e seu presidente, Roberto Campos Neto, afirmou que a autarquia poderia repetir as intervenções cambiais neste pregão em caso de novos gaps de liquidez. evento promovido pelo jornal Correio Braziliense, Campos Neto reforçou que o câmbio é flutuante e o BC age apenas em caso de problemas de liquidez ou para atenuar movimentos que estão fora do padrão normal.
Para Ricardo Gomes da Silva Filho, analista de câmbio da Correparti Corretora, há expectativa de atuação extraordinária do Banco Central neste pregão. "Provavelmente, o mercado testará os níveis recordes que foram batidos ontem, perto dos 4,26 reais. Acredita-se que o Banco Central atuará novamente, e, a partir do momento em que atuar, a tendência do dólar é arrefecer", disse.
O Banco Central vendeu nesta quarta-feira 3 mil contratos de swap cambial reverso e até 150 milhões de dólares em moeda à vista, de oferta de até 15.700 e 785 milhões, respectivamente. L1N2870BP Adicionalmente, a autarquia ofertará contratos de swap tradicional para rolagem do vencimento janeiro de 2020. cenário externo, estava no radar dos investidores a divulgação dos dados sobre o Produto Interno Bruto dos Estados Unidos, prevista para as 10h30. Para Gomes da Silva Filho, "a expectativa é de fortalecimento da economia dos EUA, como tem acontecido nos últimos anos. Tem a questão da guerra comercial; queremos saber até que ponto esses entraves vão refletir nos indicadores. Por isso acreditamos em dia de bastante volatilidade."
As moedas emergentes pares do real, como o peso mexicano MXN= e o rand sul-africano ZAR= , operavam em alta contra o dólar.
O índice do dólar contra uma cesta de moedas .DXY tinha leve alta de 0,07%, a 98,316. (Edição de Camila Moreira)