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CÂMBIO-Dólar sobe mais de 1% e supera R$5,30 com exterior; ruídos locais pesam

Publicado 18.09.2020, 16:35
Atualizado 18.09.2020, 16:36

(Texto atualizado com mais informações)

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO, 18 Set (Reuters) - O dólar acelerou a alta e subia mais de 1% ante o real nesta sexta-feira, impulsionado por aversão a risco no exterior à medida que investidores realizavam lucros ao final de uma semana positiva para ativos arriscados.

O mercado de câmbio sentia ainda o desconforto vindo da renda fixa, com as taxas de juros de longo prazo negociados na B3 0#DIJ: em novo dia de disparada, reflexo de persistente mal-estar do lado fiscal.

Às 12:35, o dólar BRBY avançava 1,28%, a 5,2988 reais na venda, depois de saltar a 5,303 reais, alta de 1,36%, na máxima da sessão --alcançada pouco depois das 11h30. Na mínima, batida ainda no começo do pregão, a cotação ainda subiu 0,16%, para 5,2405 reais.

O dólar futuro negociado na B3 DOLc1 tinha alta de 1,01%, a 5,2935 reais, após superar 5,3000 reais na máxima.

Segundo Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos, "hoje não há um grande driver nos mercados, e o dólar vai respondendo ao sentimento mais cauteloso", refletindo fatores como comentários do Federal Reserve sobre um longo caminho até uma recuperação do mercado de trabalho norte-americano e notícias de saltos nos casos de coronavírus em grandes economias, principalmente na Europa.

Na quinta-feira, a França registrou um recorde de 10.593 novos casos confirmados, maior número diário desde que a pandemia começou, enquanto discussões sobre um segundo lockdown circulavam no Reino Unido.

Herrera ressaltou que a movimentação no mercado de câmbio doméstico estava em linha com o comportamento de outros países emergentes, com peso mexicano MXN= , lira turca TRY= e rand sul-africano ZAR= sendo negociados em baixa contra o dólar.

O mercado passava ainda por uma realização de lucros, depois de uma semana positiva para o real, segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

"Como a agenda está fraca e não houve notícias mais relevantes lá fora, os investidores estão adotando uma postura mais defensiva antes do final de semana", disse Rostagno à Reuters.

Na semana até a véspera, o dólar caiu 1,90%. Com a alta desta sessão, a moeda reduzia a baixa para 0,7% --ainda assim, a caminho da terceira semana de perdas das últimas quatro.

Segundo Rostagno, apesar do alívio recente sobre o real, "o ambiente político doméstico continua gerando ruídos", dizendo que cerca de 90% dos ganhos da moeda brasileira nas últimas sessões foram motivados por fatores externos, como a fraqueza internacional do dólar. Em comparação, disse ele, cerca de metade dos ganhos do peso mexicano na semana vieram de elementos locais.

Em agosto, o dólar subiu mais de 5%, devido a temores sobre a saúde fiscal e política do Brasil. Em 2020, a divisa saltava 32%, o que faz do real a divisa de pior desempenho global.

No radar político brasileiro, os mercados ficavam atentos à relação do presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao mesmo tempo que buscavam sinais sobre o futuro do teto de gastos.

"Nos últimos meses há entendimento geral dos cientistas políticos de que o governo sentiu que ser mais flexível na questão fiscal leva à popularidade", comentou Herrera, da Toro.

Para o analista, caso o governo Bolsonaro priorize essa aprovação da sociedade --principalmente de grupos mais pobres-- em vez de sua agenda de reformas e austeridade, pode haver nova disparada do dólar contra o real.

Neste pregão, o Banco Central realizou leilão de rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra, colocando todo o lote de 4,15 bilhões de dólares ofertado.

Sobre a atuação da autarquia no mercado de câmbio nos últimos meses, Herrera ressaltou que o Banco Central "tem se posicionado não na direção do câmbio, visando impedir que o dólar alcance um certo patamar", mas apenas quando vê movimento de pânico, atuando para conter disparidades.

O dólar spot fechou a última sessão em queda de 0,17% contra o real, a 5,2319 reais na venda, nova mínima desde 31 de julho. (Edição de Camila Moreira e José de Castro)

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