LONDRES, 24 Set (Reuters) - A 'yield' a 10 anos da Alemanha subiu para um máximo desde meados de Junho, depois do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ter falado sobre uma "recuperação" vigorosa da inflação e fez notar a criação de pressões salariais em todo o bloco.
A recuperação da inflação depende da manutenção de taxas de juros baixas no próximo verão, disse Draghi. Mas Draghi falou numa aceleração na inflação subjacente da Zona Euro "vigorosa" e expressou confiança de que um aumento no crescimento salarial vai continuar.
A sua declaração impulsionou as 'yields' dos títulos em toda a Zona Euro e levou os mercados financeiros a aumentar as suas apostas de que as taxas de juros subiriam pela segunda vez até o final de 2019.
Draghi disse que, embora a inflação anual chegue a 1,7 pct a cada ano até 2020, é previsto que "uma contribuição mais lenta dos componentes não essenciais do índice geral e uma recuperação relativamente vigorosa da inflação subjacente".
Tal facto levaria a inflação, excluindo alimentos e energia, a atingir 1,8 pct em 2020, acrescentou.
Os comentários levaram as 'yields' da Alemanha a 10 anos a subir até 0,51 pct, mais de 5 pontos-base des o início de sessão, até ao seu ponto mais alto desde Junho.
A 'yield' a 10 anos de França também atingiu um pico de meados de Junho, subindo quatro pontos-base para 0,83 pct, um máximo de quase dois meses. FR10YT=RR
Os mercados de dívida na Holanda e Áustria tiveram comportamentos semelhantes.
O euro subiu 0,6 pct até um ponto, superando os 1,18 dólares, para o seu mais alto nível face ao dólar desde Junho. EUR=EBS
História completa em inglês (Por Virginia Furness e Dhara Ranasinghe Traduzido para português por Gonçalo Almeida Editado em português por Sérgio Gonçalves)