Investing.com - Com os investidores à espera de uma redução moderada dos estímulos à maior economia do mundo, as praças europeias de referência estavam esta quarta-feira em alta. Lisboa até abriu a sessão com sinal "verde", mas estava depois a negociar em terreno negativo. Instantes mais tarde voltou a inverter o rumo.
Para esta quarta-feira espera-se que a Reserva Federal anuncie a primeira medida de inversão na política monetária seguida para conter os efeitos da crise de 2008. O “quantitative easing” tem-se traduzido na compra de obrigações no valor atual de 85 mil milhões de dólares por mês.
Por Lisboa, o PSI20 estava a avançar 0,16% para os 5.945,23 pontos, com 11 cotadas em alta, oito em baixa e uma inalterada.
Portugal regressa hoje ao mercado primário de dívida para colocar até 1.250 milhões de euros em bilhetes do tesouro a três e a 18 meses e o setor da banca, mais exposto ao risco da República, era o que mais impulsionava a praça nacional. As ações do BES avançavam 0,5% para cotar nos 0,81 euros. ESFG e BANIF também valorizavam 0,06% e 10% para os 5,249 euros e 0,011 euros respetivamente. Os papéis do BCP somavam 1,04% para os 0,097 euros. Os títulos do BPI registavam uma queda de 0,88% para os 0,905 euros.
O peso pesado Jerónimo Martins estava esta manhã em alta, a somar 0,23% para 15,145 euros, acompanhado pelos ganhos de 1% para 2,818 euros da Mota-Engil.
A Galp, que ontem foi um dos destaques pela negativa, está esta quarta-feira a apreciar 0,36% com as ações a negociarem nos 12,41 euros. A petrolífera era caso único no setor energético porque a EDP e a subsidiária EDP Renováveis estavam a regredir 0,3% e 0,71% para 2,702 euros e 3,928 euros respetivamente.
No setor das telecomunicações era a Portugal Telecom que fazia a diferença, com as ações a valerem 3,222 euros resultado de uma subida ligeira de 0,06%. A Zon Optimus cedia 0,24% para 4,155 euros enquanto a Sonaecom depreciava 0,15% para cotar nos 1,946 euros.
No velho continente, o índice Eurostoxx 50 estava a avançar 0,09% para 2.893,65 pontos. Itália destacava-se pela positiva, com o MIB a apreciar 0,24%. Isto no dia em que o Senado italiano vota sobre o futuro do antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Uma saída poderá ter consequências para o frágil Governo de coligação liderado por Enrico Letta.
O IBEX madrileno ganhava 0,21% e o DAX alemão 0,12%. À semelhança de Portugal, também a Alemanha tenta financiar-se hoje no mercado primário, a dois anos em cinco mil milhões de euros.
O CAC francês valorizava 0,04% e o FTSE londrino 0,02%.