LISBOA, 12 Dez (Reuters) - A Bolsa de Lisboa é vista a abrir em alta, acompanhando as acções europeias que fecharam sexta-feira a sua melhor semana desde Janeiro de 2015, impulsionadas pelo fecho positivo nos mercados norte-americanos e pelo disparo do preço do petróleo.
O barril de Brent avança 4,5 pct para 56,82 dólares e o de crude 5,24 pct para 54,19 dólares, após a OPEP e os países que não são membros da organização terem acordado num corte de produção, pela primeira vez desde 2001.
Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e do francês CAC FCEc1 seguem com ganhos de até 0,2 pct.
Na passada sexta-feira, os ganhos da NOS, EDP (SA:ENBR3) e Jerónimo Martins (LS:JMT) levaram o índice português PSI20 .PSI20 a inverter das quedas da manhã para fechar a subir 0,24 pct, em sintonia com a maioria das praças europeias, enquanto os juros soberanos voltaram a agravar.
O índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX fechou a ganhar 0,97 pct, junto a máximos de 11 meses, apoiado nas valorizações das empresas farmacêuticas, retalhistas e utilities.
Em sentido contrário esteve a banca europeia, alvo de tomada de lucros após o fecho fulgurante da sessão de ontem, a que se somou o 'Não' do Banco Central Europeu ao pedido do Monte dei Paschi BMPS.MI para que lhe fosse dado mais tempo para o seu processo de recapitalização.
No mercado de dívida, a 'yield' das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos subiu 5 pontos para 3,87 pct, após ter chegado a tocar nos 3,9 pct, em linha com a equivalente irlandesa, enquanto os juros das pares espanhola e a italiana recuaram.
O Banco de Portugal garante que as compras de obrigações nacionais vão ocorrer até ao fim do programa do Banco Central Europeu, numa altura em que alguns investidores expressam preocupação que Portugal e Irlanda sejam penalizados por uma escassez de 'bonds' elegíveis. Banco Central Europeu anunciou, na semana passada, que vai manter a compra de ativos ao ritmo de 80.000 milhões de euros por mês até ao final de Março de 2017, mas a partir de Abril reduzirá o valor para 60.000 milhões de euros mensais até ao final do ano.
Mário Draghi realçou que esta redução não quer dizer que o banco central esteja a pensar em iniciar uma retirada das medidas de estímulo para a economia, frisando que há novas regras que alargam o tipo de obrigações que o banco pode comprar.
PRESS DIGEST:
A Reuters não verificou a veracidade das notícias incluídas neste Press Digest e não se responsabiliza pelo seu conteúdo.
* Um terço das câmaras baixa IMI (LON:IMI) em 2017 (Negócios)
* "Seria extremamente difícil o país aguentar juros de 5 pct", diz, em entrevista, Teodora Cardoso, presidente do Conselho de Finanças Publicas (Negócios)
- "Vieira da Silva: Retoma da contratação coletiva 'tem de ser fruto da vontade dos parceiros'" (Negócios)
* Novo Banco discute marca e admite mudar de nome (Negócios)
* Governo Passos congelou alertas das Finanças até perto das eleições (Público)
* Portugueses gastaram este ano 682 milhões em tecnologia (Público)
* Empresas públicas ainda têm mais de 2.500 milhões em produtos de risco (Diário de Notícias)
(Por Patrícia Vicente Rua)