Por Balazs Koranyi e Francesco Canepa
FRANKFURT, 19 Jan (Reuters) - Com o crescimento e a inflação na zona euro a acelerarem lentamente o ritmo, o Banco Central Europeu (BCE) deve argumentar nesta quinta-feira que a sua postura de política monetária 'ultra-relaxada' ainda é necessária para manter a recuperação em curso.
O BCE deve deixar inalterada a política monetária e manter a promessa de um estímulo prolongado, tendo prorrogado o seu programa de compra de títulos no mês passado.
O presidente do BCE, Mario Draghi, pode argumentar que o banco fez a sua parte para recompor o crescimento, mas também vai destacar que a recuperação ainda não se sustenta sozinha, dizendo que a inflação é fraca e que o risco político de eleições pesa sobre as perspectivas.
A inflação atingiu um máximo de três anos no mês passado, a actividade industrial está a acelerar e os indicadores de confiança estão a firmar-se, o que indica um crescimento sólido no fim do ano passado.
Entretanto, o cenário básico é misto, dando a Draghi vários argumentos para rebater as críticas, particularmente da Alemanha, principal adversário da política do BCE.
A inflação ainda é metade da meta do BCE de 2 por cento e a subida deve-se principalmente aos preços mais elevados do petróleo, enquanto o cenário básico para os preços continua perigosamente fraco.
(Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)