(Repete notícia divulgada ontem ao final da tarde)
LISBOA, 9 Set (Reuters) - A injeção directa de 2.700 milhões de euros (ME) de fundos públicos para recapitalizar a estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD) não altera o plano de emissões de dívida pública para 2016, disse o secretário de Estado adjunto, do Tesouro e das Finanças.
Em 25 de Agosto, a Comissária Europeia da Concorrência chegou a um acordo de princípio com Portugal para uma injeção de 5.160 milhões de euros (ME) na CGD, incluindo aquela tranche directa do Estado de 2.700 ME.
"Esta injeção de capital não alterará o plano de emissões de dívida pública estabelecido pelo Governo", disse Ricardo Mourinho Félix, no Parlamento.
Adiantou que a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública-"IGCP, em estreita colaboração com o Ministério das Finanças, definirá as fontes de financiamento no âmbito de uma gestão responsável da tesouraria do Estado".
"O Governo e o IGCP mantêm contacto com investidores e agências de notação financeira, que encaram esta operação como muito positiva no que respeita à promoção da estabilidade financeira", frisou o secretário de Estado.
A dívida pública de Portugal na óptica de Maastricht, líquida de depósitos da administração central, aumentou 1 pct entre Junho e Julho para 224.307 milhões de euros (ME), segundo dados do BP.
O rácio de dívida pública bruta em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) aumentou três pontos percentuais entre Março de 2016 e Junho de 2016 para 131,9 pct.
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)