Investing.com – As bolsas europeias prolongam a tendência de perdas visível desde o início da jornada, em dia de divulgação de dados económicos no velho continente. O índice grego destacava-se a meio da sessão por negociar em terreno positivo.
A crise Síria parece ter abrandado o impacto sobre os investidores, mas o índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da zona euro, seguia a recuar 0,64% para os 2.740,69 pontos.
Os números vindos da Alemanha podem ajudar a explicar o desempenho. Na praça alemã, o DAX recuava 0,56%. Os sinais de recuperação da maior economia europeia parecem não ser assim tão claros. O Instituto de Estatísticas do país anunciou hoje que as vendas a retalho diminuíram 1,4% em julho, pelo segundo mês consecutivo. Os economistas esperavam um aumento das vendas em 0,6%.
Esta sexta-feira ficou a saber-se igualmente que o indicador de sentimento económico melhorou na zona euro e no conjunto dos países da União Europeia, em agosto. Entre os países que partilham a moeda única, registou-se uma subida de 2,7 pontos em relação a julho, atingindo 95,2 pontos, enquanto na UE se verificou um aumento de 2,4 pontos para os 98,1 pontos.
Já o principal indicador que mede o clima de negócios na zona euro recuperou 0,31 pontos para os 0,21 em agosto, mas manteve-se em terreno negativo, de acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia. Trata-se do quarto mês consecutivo em que o clima de negócios da zona euro regista melhorias.
De acordo a estimativa rápida divulgada também esta sexta-feira pelo Eurostat, a taxa de inflação anual da zona euro em agosto é de 1,3%.
Em julho, a taxa de desemprego no conjunto dos países da moeda única estabilizou nos 12,1%. Na União Europeia o comportamento foi idêntico, com a taxa a manter-se nos mesmos 10,9% registados no mês de junho. Em ambos os casos registou-se um aumento em relação ao período homólogo, com subidas de 11,5% e 10,5% respetivamente. Espanha tem uma taxa de desemprego de 26,3%.
Neste contexto, o IBEX madrileno liderava a meio da sessão as perdas no velho continente. Cedia 1,39%. A acompanhá-lo estavam o MIB italiano, que regredia 1,01% e o FTSE londrino que depreciava 0,68%. O CAC francês perdia 1,03% e Lisboa alinhava com a congénere recuando em igual proporção.
Do lado de lá do Atlântico, as bolsas dos Estados Unidos abriram em alta ligeira, mas inverteram depois o rumo. O índice industrial Dow Jones recuava 0,21% e o tecnológico Nasdaq 0,46%. O S&P 500 desvalorizava 0,18%. O Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou que o consumo privado aumentou 0,1% em julho. Os economistas esperavam uma subida de 0,3%