LISBOA, 20 Jun (Reuters) - O CaixaBI prevê que os bancos portugueses reduzam gradualmente a utilização dos fundos do Banco Central Europeu (BCE), depois da descida de 1,2 pct em Maio para 23.200 milhões de euros (ME), reflectindo a progressiva melhoria da posição de liquidez.
"Os dados de maio refletem uma variação mensal pouco significativa na utilização de financiamento do BCE por parte dos bancos nacionais", disse André Rodrigues, no equity daily.
"Dados mensais sem surpresas e em linha com a tendência dos meses mais recentes. De um modo geral, os bancos nacionais deverão continuar a apresentar um redução gradual da utilização destes fundos do BCE, ainda que participando em eventuais programas específicos de financiamento disponibilizados pelo banco central no futuro".
Referiu que cerca de 96 pct do funding captado pelos bancos nacionais junto do BCE em Maio está relacionado com operações de refinanciamento de prazo alargado.
O sistema financeiro português registou um redução muito acentuada na utilização do financiamento do BCE desde o final do terceiro trimestre de 2013, o equivalente a uma redução de 28.600 ME, ou cerca de 55 pct.
"Em larga medida, esta evolução reflete a melhoria na posição de liquidez dos bancos nacionais, a qual continua a beneficiar de uma evolução resiliente ao nível dos depósitos", disse André Rodrigues.
Os depósitos aumentaram 1,5 pct tem termos homólogos em Abril de 2017.
"Adicionalmente, o processo de desendividamento do setor continua a materializar-se, a carteira de crédito a particulares e a empresas diminuiu 0,7 pct e 2,2 pct em termos homólogos, respetivamente, no final de abril", acrescentou.
"Note-se que o rácio de transformação do sector em Portugal se encontra próximo de 95 pct face a 123 pct no final de 2012 e a 151 pct no final de 2010".
Nota: Esta recomendação de investimento foi distribuída hoje aos clientes do CaixaBI. Deve consultar este documento de research integralmente, nomeadamente quanto ao 'disclaimer', solicitando-o à casa de investimento que o elaborou.
(Por Daniel Alvarenga; Editado por Patrícia Vicente Rua)