LISBOA, 11 Out (Reuters) - O disparo de mais de 4 pct dos CTT CTT.LS levou a Bolsa de Lisboa .PSI20 a fechar a ganhar 0,4 pct, e a contrariar uma Europa penalizada pelos títulos da mineração e do sector petrolífero, numa sessão em que os juros soberanos portugueses prolongaram a descida de ontem, segundo traders.
** As acções dos CTT CTT.LS subiram 4,54 pct para 5,935 euros, num movimento de correcção face às quedas recentes, enquanto beneficia de uma nota de 'research' do Haitong que o elege como uma das apostas para o quarto trimestre, com um potencial de valorização de 80 pct. L8N1CH58U9
** "Mantemos os CTT (na lista de Silver Bullets para o quarto trimestre) porque paga um elevado 'dividend yield', estimado em mais de 8 pct para 2016 e lançou um banco postal", explicou o Haitong, numa nota de research que hoje.
** A Galp Energia GALP.LS ganhou 1,17 pct. O Jefferies disse hoje que continua a ver o título continua a ser um dos três preferidos no sector, a par da Chevron e da Shell.
Este movimento foi em contraciclo com uma descida de 1,46 pct do índice sectorial na Europa .SXEP e de uma queda de 1,5 pct no preço do barril de Brent LCOc1 para 52,38 dólares, pressionados por mensagens contraditórias de decisores russos em resposta a um pedido do OPEP para os produtores mundiais cortarem a produção. Suporte adicional das outras energéticas do PSI20, com a EDP (SA:ENBR3) EDP.LS a ganhar 0,39 pct, a EDP Renováveis EDPR.LS a subir 0,37 pct, e a a REN RENE.LS a somar 0,88 pct.
** Pela negativa, os pesos-pesados Jerónimo Martins JMT.LS e NOS NOS.LS perderam 0,41 pct e 0,71 pct, respectivamente.
** Na Europa, o Eurofirst300 .FTEU3 perdeu 0,65 pct, com o sector dos recursos básicos .SXPP em destaque com uma descida de 2,09 pct.
** Nos EUA, as principais bolsas seguem em queda pressionadas por empresas de saúde e pela Alcoa, que começou a temporada de divulgação de contas com um resultado decepcionante. O Dow Jones .DJIA e o S&P500 .SPX recuam perto de 1 pct.
** A 'yield' das Obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos cai 6 pontos base (pb) e prolonga a tendência de ontem, com a dívida portuguesa a beneficiar do atenuar dos receios sobre uma eventual revisão do 'rating' pela DBRS na próxima semana.
Essa taxa da dívida 'benchmark' aliviou 15 pb ontem e hoje regressa aos 3,38 pct, mínimo de uma semana, ou seja, ao nível em que estava a dia 4 de Outubro, quando as 'yields' da zona euro escalaram com notícias que o Banco Central Europeu poderá abrandar a compra de activos.
** O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga amanhã os dados da inflação do mês de Setembro de 2016.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Portugal terá tido uma subida mensal de 0,8 pct em Setembro último, influenciado pela introdução de novas colecções no vestuário e calçado, mas também pelo aumento do preço dos combustíveis, segundo a média de estimativas de três economistas.
(Por Shrikesh Laxmidas, editado por Sérgio Gonçalves)