💎 Veja as empresas mais saudáveis no mercado atualComeçar

Acionistas da Portugal Telecom aprovam novo acordo de fusão com a Oi

Publicado 08.09.2014, 23:25
Atualizado 08.09.2014, 23:31
Acionistas da Portugal Telecom aprovam novo acordo de fusão com a Oi

Lisboa, 8 set (EFE).- Os acionistas da Portugal Telecom aprovaram nesta segunda-feira o novo acordo de fusão com a Oi que contempla termos menos favoráveis para a companhia portuguesa do que estavam previstos inicialmente.

A maior parte dos acionistas representados na assembleia geral (98,25%) aprovou o novo modelo de fusão que reduz a participação da Portugal Telecom na empresa final resultante.

O restante, 1,75%, votou contra em uma reunião que durou cerca de cinco horas e na qual 46% do total de acionistas estiveram representados.

A Portugal Telecom perdeu importância na entidade final devido à dívida irrecuperável de 900 milhões de euros contraída com uma empresa do Grupo Espírito Santo e que só foi revelada em julho por causa da crise do conglomerado.

Com isso, a companhia portuguesa passará a controlar 25,6% do capital da nova entidade e terá a opção de aumentar sua participação nos próximos seis anos para até 37,4%, o percentual aceito no primeiro acordo.

Além disso, a Portugal Telecom terá que assumir todo prejuízo da dívida e não haverá uma fusão de tipo jurídico como estava previsto no primeiro acordo.

A revelação da dívida da companhia portuguesa em julho pôs em risco o processo de fusão anunciado no final de 2013 e acabou por forçar, no dia 7 de agosto, a renúncia do então presidente-executivo do grupo Portugal Telecom, Henrique Granadeiro.

A empresa portuguesa assumiu que a dívida era irrecuperável diante das irregularidades contábeis da holding com a qual o débito foi contraído, Rioforte, um dos primeiros ramos não financeiros do grupo Espírito Santo a fazer uma reunião de credores.

A direção da Oi argumentou que não foi informada em nenhum momento sobre esse empréstimo e dois representantes da companhia brasileira renunciaram a seus cargos no Conselho de Administração da Portugal Telecom em sinal de protesto.

Granadeiro, que esteve presente na reunião, respondeu às insistentes e duras perguntas dos acionistas, segundo a imprensa portuguesa, razão pela qual a assembleia acabou mais tarde do que o previsto.

Na saída do encontro, o presidente demissionário disse aos jornalistas que justificou na assembleia "tudo o que tinha que justificar".

"Defendi minha empresa e promovi o bem de meus acionistas", afirmou o executivo, que se manterá no cargo como interino até 30 de setembro.

Apesar dos atritos entre a Portugal Telecom e a Oi, o nova gigante das telecomunicações manterá o restante das condições acordadas antes da crise.

A nova companhia manterá o nome Oi, terá sede no Brasil e será dirigida pelo engenheiro português de origem moçambicana Zeinal Bava, ex-presidente da companhia portuguesa.

A Portugal Telecom tinha participações cruzadas com o Banco Espírito Santo (BES), que sofreu intervenção do banco central de Portugal no último dia 3 pelas enormes perdas registradas durante o primeiro semestre.

O supervisor português determinou a divisão do BES em uma parte "ruim", com os ativos tóxicos e sem licença bancária, e em uma nova entidade denominada Novo Banco, que administrará os ativos saudáveis, entre eles 10,04% do capital da Portugal Telecom.

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.