WASHINGTON, 2 Nov(Reuters) - Uma autoridade de alto escalão do governo dos Estados Unidos refutou uma reportagem segundo a qual o presidente Donald Trump está a preparar um possível acordo comercial com a China, disse um repórter da CNBC no Twitter.
"Há um longo caminho a percorrer" nas negociações, disse um funcionário não identificado a Eamon Javers, da CNBC, de acordo com um tuíte do próprio.
Na manhã desta sexta-feira a Bloomberg, citando pessoas a par da questão, noticiou que Trump quer firmar um acordo comercial com o presidente chinês, Xi Jinping, e que pediu a autoridades graduadas para começarem a elaborar os termos possíveis.
A Reuters não conseguiu confirmar de imediato nenhuma das reportagens, e autoridades da Casa Branca não responderam de imediato a um pedido de comentário sobre a reportagem da Bloomberg.
Mas os mercados globais animaram nesta sexta-feira face às esperanças crescentes de que as duas maiores economias do mundo estejam começando a restaurar suas relações comerciais, seriamente afectadas, na esteira de uma conversa de Trump e Xi na quinta-feira.
Os dois conversaram por telefone e ambos descreveram como positiva a ligação - a primeira conversa directa de que se tem conhecimento em vários meses. Num tuíte publicado depois do telefonema, Trump disse que planeia um encontro dos dois líderes na cimeira do G20 na Argentina no final deste mês.
Nenhum dos dois deu qualquer detalhe sobre um possível progresso.
A notícia da Bloomberg News disse não estar claro se o norte-americano está a suavizar as exigências que encontraram resistência dos chineses, e citou uma pessoa segundo a qual o roubo de propriedade intelectual é um ponto de atrito de um acordo em potencial.
Horas depois da ligação o Departamento de Justiça dos EUA acusou outra empresa chinesa de práticas injustas, parte de uma campanha de pressão generalizada do governo Trump contra a China.
Funcionários da gestão Trump disseram que os acordos comerciais EUA-China não podem ser retomados até que Pequim delineie acções específicas que adoptará para atender as exigências norte-americanas de mudanças abrangentes em directrizes sobre transferência de tecnologia, subsídios industriais e acesso a mercados.
Os dois países impuseram tarifas sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens mútuos, e Trump ameaçou ampliar as tarifas sobre o restante dos mais de 500 mil milhões de dólares de exportações chinesas para os EUA se as disputas não forem resolvidas.
(Reportagem de Susan Heavey e David Lawder)
Texto integral em inglês: para português por Sérgio Gonçalves)