PORTO, 6 Set (Reuters) - A Assembleia Geral (AG) do BPI BBPI.LS para votar o fim dos limites de voto foi novamente suspensa e marcada uma nova reunião magna a 21 de Setembro, devido à ausência de decisões judiciais sobre providências cautelares, voltando a atrasar o 'bid' do Caixabank CABK.MC , disseram accionistas.
Em 24 de Agosto, o maior accionista português do BPI BBPI.LS , Violas Ferreira Financial (VFF), interpôs uma nova providência cautelar contra a eleição da mesa da Assembleia Geral.
A VFF, que detém 2,7 pct do BPI, já tinha travado a AG a 22 de Julho, que tinha sido convocada para acabar com o limite máximo de 20 pct dos votos, atrasando um passo crucial para o 'bid' do espanhol Caixabank pelo banco português.
"A AG foi novamente suspensa. Foi marcada uma nova AG para 21 do corrente (mês)", disse um accionista, à saída da Assembleia.
Outro accionista referiu que "a suspensão deve-se ao facto de ainda não haver decisões do tribunal acerca das providências cautelares interpostas pela família Violas (VFF)".
Hoje, as acções do BPI foram suspensas pela CMVM, após ontem terem caído mais de 3 pct, com o receio dos investidores que o CaixaBank, que detém quase 45 pct do BPI, retire o seu 'bid' devido a dificuldades em superar os vários imbróglios judiciais.
O CaixaBank está a considerar muito seriamente retirar a Oferta Pública de Aquisição lançada sobre o BPI a 1,113 euros por acção, perante o novo obstáculo judicial, segundo o El Confidencial, que cita fontes próximas das negociações.
O órgão de comunicação social espanhol disse que o Caixabank anunciará a decisão nos próximos dias, se a situação não se desbloquear. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Shrikesh Laxmidas)