Os funcionários públicos, militares e trabalhadores de infraestruturas críticas da Ucrânia estão proibidos de utilizar a aplicação de mensagens Telegram, anunciou na sexta-feira o Centro Nacional de Coordenação da Cibersegurança da Ucrânia.
O Conselho Nacional de Segurança e Defesa do país descreveu a medida como necessária para a segurança nacional.
Durante uma reunião na quinta-feira, os serviços de segurança da Ucrânia e o Estado-Maior das Forças Armadas afirmaram que o Telegram, cujo CEO, de nacionalidade russa, esteve detido em França, é utilizado pela Rússia para ciberataques, phishing (roubo de informações confidenciais), disseminação de software malicioso, bem como para apurar as localizações dos utilizadores e para calibrar ataques com mísseis.
Será permitida uma exceção à proibição para as pessoas que utilizam a aplicação nas suas funções oficiais. Os ucranianos são livres de utilizar a aplicação nos seus dispositivos pessoais.
A aplicação é muito utilizada na Ucrânia para obter informação atualizada sobre os ataques aéreos russos e é também a principal forma de as autoridades ucranianas, incluindo o presidente Volodymyr Zelenskyy, comunicarem com o público sobre a evolução da guerra.