Numa atualização para investidores, a AstraZeneca (LON:AZN) registou uma receita total de US $ 33.8 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, um aumento de 5%, apesar de um declínio acentuado nas vendas de vacinas Covid-19.
"Dada a dinâmica do ano até à data, aumentámos a nossa orientação para o ano inteiro para as receitas totais, excluindo os medicamentos Covid, bem como para o Core EPS", afirmou Pascal Soriot, presidente executivo da empresa, num comunicado.
A AstraZeneca anunciou também novos planos de investimento na investigação e desenvolvimento (I&D) dos seus medicamentos contra o cancro.
Soriot referiu também o acordo assinado com a empresa farmacêutica chinesa Eccogene, para desenvolver um medicamento utilizando uma molécula específica que "poderá oferecer um avanço importante para os cerca de mil milhões de pessoas que vivem com doenças cardiometabólicas, como a diabetes tipo 2 e a obesidade".
Novo medicamento para a obesidade e a diabetes
A AstraZeneca está a pagar 185 milhões de dólares adiantados ao seu novo parceiro chinês, uma vez que o acordo abre caminho a mais I&D para um novo medicamento oral de toma única diária.
A pequena molécula em questão no acordo é conhecida como ECC5004. Funciona como um agonista dos receptores, desencadeando uma resposta biológica no cérebro ou nas células. O desenvolvimento de um medicamento oral seria um fator de mudança, uma vez que, até agora, só está disponível sob a forma de injeções.
O acordo, que foi tornado público na quinta-feira, prevê que a AstraZeneca pague 1,825 mil milhões de dólares à Eccogene "em futuras etapas clínicas, regulamentares e comerciais".