Investing.com - A bolsa de Lisboa prolonga as perdas das duas últimas sessões e arrancou mais uma jornada em terreno negativo, em linha com o desempenho das congéneres europeias.
O PSI 20 abriu a cair 0,17%, para os 5.686,89 pontos. Com o avanço da sessão o principal índice da praça lisboeta acentuava as perdas, ao ceder 0,2%, com seis cotadas em alta, 11 em baixa e três inalteradas.
O setor financeiro voltava a castigar a praça nacional, com os títulos do BCP e BPI a recuarem 1,04% e 0,21% para cotar nos 0,095 euros e nos 0,968 euros respetivamente. As ações do BES eram as únicas que avançavam, 1,24% para os 0,734 euros. Os papéis do BANIF mantinham-se inalterados nos 0,012 euros.
As cotadas do setor energético também contribuem para o desempenho negativo do mercado nacional, com as ações da petrolífera Galp a regredirem 0,16% para os 12,48 euros. De acordo com as últimas informações, a Galp terá assinado ontem, no Rio de Janeiro, os contratos de concessão para exploração de petróleo no Brasil.
Os títulos da subsidiária EDP Renováveis recuavam 0,37% para os 3,807 euros, mas os da casa mãe travavam as quedas, com uma valorização de 0,65% para cotar nos 2,651 euros.
O setor das telecomunicações era outro dos que castigava o mercado nacional. Zon Multimédia e Sonaecom recuavam 0,18% e 0,06% para cotar nos 4,342 euros e 1,739 euros respetivamente. Só a Portugal Telecom escapava ao contágio, a somar 0,57% para os 2,828 euros por ação.
O peso pesado Jerónimo Martins prolonga a espiral negativa que reina desde a apresentação dos resultados do primeiro semestre. As ações da proprietária dos supermercados Pingo Doce recuavam 0,28% para os 14,26 euros.
Lá fora, nas praças de referência do velho continente, as atenções dos investidores estarão concentradas na emissão de dívida alemã a cinco anos no valor de 4 mil milhões de euros. Estarão igualmente atentos à orientação das taxas de juro do Banco de Inglaterra e em relação ao alargamento de estímulos económicos.
Na segunda-feira, nos EUA, o responsável pela Fed de Dallas, Richard Fisher, deixou avisos sobre a proximidade de uma retirada de estímulos à economia. Ontem foi a vez de Charles Evans. O presidente da Fed de Chicago afirmou que, caso o crescimento económico e o emprego progridam como o esperado, a Fed deverá proceder à retirada dos estímulos económicos.
Neste contexto, as bolsas europeias desvalorizam, em linha também com as perdas dos mercados asiáticos que refletem a expectativa de que o Banco do Japão não venha a prolongar os estímulos à economia.
O índice Eurostoxx 50, que representa as principais empresas da zona euro, regredia 0,28% para 0s 2.782, 95 pontos. O FTSE londrino e o CAC francês regrediam 0,43%. O DAX alemão cedia 0,50% e o IBEX madrileno 0,62%. Só o MIB italiano escapava à "maré vermelha", avançando 0,32%.