Por Sruthi Shankar
5 Jul (Reuters) - As bolsas norte-americanas avançavam nesta quinta-feira com sinais de que Washington pode voltar atrás nos planos de impor tarifas sobre carros europeus, acalmando algumas preocupações sobre o comércio mesmo que a China esteja preparada para retaliar as tarifas dos Estados Unidos.
Às 11:38 (horário de Brasília), o índice Dow Jones .DJI subia 0,34 por cento, a 24.257 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX ganhava 0,402842 por cento, a 2.724 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC avançava 0,36 por cento, a 7.530 pontos.
As ações do setor de tecnologia lideravam os ganhos, com as fabricantes de chips Qualcomm QCOM.O , Micron MU.O e Qorvo QRVO.O entre as principais altas. A Micron disse que a proibição temporária de algumas vendas na China vai prejudicar sua receita trimestral em apenas 1 por cento.
O índice de semicondutores da Filadélfia .SOX subia 1,6 por cento em meio a ganhos amplos entre os setores.
Washington propôs abandonar as taxas ameaçadas sobre os carros europeus em troca de concessões, com a chanceler alemã, Angela Merkel, respondendo dizendo que apoiará a redução das tarifas da União Europeia sobre as importações de automóveis dos EUA.
As ações das montadoras europeias subiam, com as ações da Fiat FCAU.N subindo 5 por cento. A Ford F.N avançava 0,54 por cento e a General Motors (NYSE:GM) GM.N ganhava 0,9 por cento.
As tarifas dos EUA sobre 34 bilhões de dólares em importações chinesas entrarão em vigor na sexta-feira e Pequim afirmou que irá responder na mesma medida sobre bens dos EUA que vão de carros a soja no instante que as medidas dos EUA passarem a valer.
Robert Pavlik, estrategista-chefe de investimentos da SlateStone Wealth LLC, disse que há esperança no mercado de que os líderes ainda estejam se posicionando antes de finalmente chegarem a um acordo que deve evitar um conflito mais intenso.
"Trump já disse que quer negociar as tarifas dos carros, acho que é uma indicação de que ele está negociando para levar as pessoas à mesa para fazer resoluções aceitáveis para todos", disse Pavlik.