SÃO PAULO, 6 Jul (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista operava em queda nesta quinta-feira, com o cenário externo mais desfavorável a ativos de risco e investidores evitando grandes apostas também diante das incertezas que rondam o cenário político local.
As ações de empresas elétricas eram destaque de alta após o governo apresentar propostas de reforma do setor. 12:20, o Ibovespa .BVSP caía 0,78 por cento, a 62.661 pontos. O giro financeiro era de 2,3 bilhões de reais.
No exterior, a ata da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) mostrou que a autoridade monetária abriu a porta para retirar do comunicado uma promessa antiga de expandir ou prorrogar o programa de compra de ativos. ata (do BCE) trouxe a sinalização de uma possível reversão na política monetária..., ao contrário da expectativa que era de expansão do programa de recompra de títulos", escreveram analistas da corretora Coinvalores em nota a clientes.
Além disso, aumentaram os receios geopolíticos após os Estados Unidos alertarem na véspera que estão prontos para usar a força caso seja necessário para interromper o programa de mísseis da Coreia do Norte. o cenário também não oferece alívio, em meio à crise política que atinge o país, com agentes de mercado aguardando novidades sobre o andamento das reformas no Congresso Nacional e da denúncia contra Temer.
DESTAQUES
- BRASKEM PNA BRKM5.SA tinha desvalorização de 2,56 por cento, liderando as perdas do Ibovespa. Como pano de fundo estava a informação de que a petroquímica poderá ser suspensa do segmento de negociação nível 1 da B3 BVMF3.SA depois de perder prazos para envio de balanços financeiros. VALE PNA VALE5.SA caía 0,82 por cento e VALE ON VALE3.SA perdia 1,18 por cento em sessão de baixa para os contratos futuros do minério de ferro na China. ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA recuava 0,95 por cento e BRADESCO PN BBDC4.SA tinha baixa de 0,99 por cento, ajudando o tom negativo do Ibovespa devido ao peso dos papéis em sua composição.
- PETROBRAS PN PETR4.SA subia 0,41 por cento e PETROBRAS ON PETR3.SA recuava 0,15 por cento, com os papéis tentando firmar-se no azul em dia de alta para os preços do petróleo no mercado internacional, mas com o cenário político exercendo pressão sobre as ações. O/R
- ELETROBRAS ON ELET3.SA saltava 12,25 por cento e ELETROBRAS PNB ELET6.SA tinha valorização de 8,55 por cento, com os papéis entrando em leilão algumas vezes desde a abertura. Os ganhos vinham após anúncio do governo, na véspera, de proposta de ampla reforma para o setor elétrico, incluindo mecanismos para facilitar privatizações que devem incentivar vendas de ativos pela Eletrobras. Analistas do Credit Suisse avaliam que a proposta é complexa e ainda vai demandar aprovação no Congresso, mas a percepção inicial é positiva por refletir o objetivo de lidar com questões estruturais do setor e a indicação de benefícios financeiros relevantes para a Eletrobras. COPEL PNB CPLE6.SA ganhava 2,73 por cento, enquanto CEMIG PN CMIG4.SA tinha alta de 1,69 por cento, também amparadas nas propostas de reforma para o setor elétrico.
- CVC ON CVCB3.SA , que não faz parte do Ibovespa, subia 3 por cento, após a operadora de viagens divulgar crescimento de 15,8 por cento nas reservas confirmadas da CVC (Lazer) e da Experimento no primeiro semestre de 2017 ante o mesmo período de 2016. A equipe do BTG Pactual (SA:BBTG11) reiterou a recomendação de "compra" para as ações e disse que os números corroboram a visão positiva para o papel. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP
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(Por Flavia Bohone; Edição de Raquel Stenzel)