SÃO PAULO, 21 Mai (Reuters) - O principal índice de ações da B3 firmou-se em queda na tarde desta segunda-feira, conforme as ações da Petrobras passaram a recuar e os papéis de bancos privados e da Vale ampliaram as perdas, apesar do cenário ainda positivo em Wall Street.
Às 16:02, o Ibovespa .BVSP caía 1,42 por cento, a 81.904 pontos. O volume financeiro, inflado pelo exercício, somava 17,7 bilhões de reais.
Profissionais da área de renda variável atrelavam o movimento a saída de estrangeiros da bolsa, mas também a operações posteriores ao exercício de opções e a ruídos sobre potenciais desdobramentos da greve dos caminhoneiros.
"Há preocupação de que o governo federal possa tomar medidas para conter as manifestações e o preço do diesel, o que pode afetar o resultado da Petrobras", disse um gestor da área de renda variável de uma corretora em São Paulo.
Em Wall Street, os pregões seguiam no azul, após Estados Unidos e China colocaram "em modo espera" uma potencial guerra comercial. VALE VALE3.SA recuava 2,8 por cento, em sessão negativa para os preços do minério de ferro na China, pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detém do índice. PETROBRAS ON PETR3.SA e PETROBRAS PN PETR4.SA caíam 2,7 e 1,6 por cento, respectivamente, revertendo ganhos de mais cedo e na contramão do avanço do petróleo, tendo como pano de fundo receios acerca de eventuais desdobramentos da greve dos caminhoneiros contra os altos custos com o diesel.
- ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA e BRADESCO PN BBDC4.SA cediam 1,4 por cento. Analistas do UBS cortaram a recomendação para bancos brasileiros de 'overweight' para 'neutra', citando aumento de incertezas externas e desapontamentos recente com o crescimento entre os fatores.
- ULTRAPAR UGPA3.SA perdia 5,7 por cento, tendo tocado mínima intradia desde janeiro de 2016 no pior momento da sessão, quando caiu mais de 6 por cento, a 51,13 reais.
- MAGAZINE LUIZA MGLU3.SA subia 4 por cento, recuperando-se de queda de mais de 6 por cento nos últimos dois pregões, em sessão de recuperação de várias ações relacionadas a consumo após perdas fortes na semana passada.
- JBS JBSS3.SA tinha alta de 1,8 por cento. A agência de classificação de risco Moody's elevou na sexta-feria o rating corporativo da companhia de B3 para B1, com perspectiva estável. Também na semana passada, a Fitch, manteve as notas de crédito, mas retirou a observação negativa dos ratings; e a S&P elevou o rating global da JBS de B para B+, com perspectiva positiva.
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(Por Paula Arend Laier; edição de Aluísio Alves)