SÃO PAULO, 13 Set (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava um viés definido nesta quinta-feira, conforme cenário eleitoral no país continua centralizando as atenções e adicionando incertezas, enquanto o noticiário externo traz decisões de juros, negociações comerciais entre EUA e China e dados norte-americanos sobre inflação ao consumidor.
Às 11:33, o Ibovespa .BVSP caía 0,54 por cento, a 74.722,28 pontos. O volume financeiro somava 2,4 bilhões de reais.
Agentes financeiros monitoram as condições do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que vem liderando as pesquisas de intenções de votos e voltou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na madrugada desta quinta-feira, após passar por cirurgia de emergência noite de quarta-feira.
De acordo com o mais recente boletim médico, ele evoluiu bem após a cirurgia, a segunda depois de ser esfaqueado na quinta-feira passada, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG). mesmo tempo, conforme destacou a equipe da corretora Spinelli, há expectativa para a entrevista de Fernando Haddad, presidenciável do PT, no Jornal Nacional na sexta-feira, "dando maior visibilidade para o candidato neste momento de incerteza".
No exterior, Wall Street mostrava ganhos apoiados na alta de ações de tecnologia e algum alívio no embate comercial entre EUA e China após Pequim afirmar que está aberta a novas discussões sobre o assunto com Washington. O S&P 500 .SPX tinha elevação de 0,56 por cento.
Também no radar estavam as decisões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra de manterem as suas respectivas taxas de juros, enquanto o banco central turco elevou o custo dinheiro naquele país a 24 por cento. Nos EUA, os preços ao consumidor subiram abaixo do esperado. VALE VALE3.SA subia 0,51 por cento, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na China, dada a possibilidade de novas conversas entre EUA e China sobre a disputa comercial entre as duas maiores economias globais. PETROBRAS PN PETR4.SA caía 0,95 por cento, em dia de queda dos preços do petróleo no exterior, embora o papel também continue vulnerável a especulações sobre o cenário eleitoral.
- ELETROBRAS PNB ELET6.SA recuava 2,4 por cento, também sensível ao noticiário sobre a disputa presidencial, além das dúvidas sobre os leilões de distribuidoras. Na véspera, uma fonte disse à Reuters que o leilão de privatização da subsidiária de distribuição de energia da empresa no Amazonas não será mais realizado em 26 de setembro. VIA VAREJO UNIT VVAR11.SA subia 3,9 por cento, no segundo pregão de alta, embora acumule no mês queda ainda ao redor de 15 por cento, na contramão do índice do setor de consumo .ICON , que recuava após queda inesperada nas vendas do varejo no Brasil em julho. MAGAZINE LUIZA MGLU3.SA caía 3 por cento, com a perda no mês ao redor de 10 por cento.
- BRASKEM BRKM5.SA valorizava-se 0,32 por cento, tendo de pano de fundo relatório do UBS elevando o preço-alvo das ações da petroquímica de 48 para 67 reais, enquanto manteve a recomendação 'neutra' para os papéis.
- BRADESCO PN BBDC4.SA cedia 0,65 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA perdia 0,17 por cento, com o setor bancário também suscetível a expectativas sobre o desfecho das eleições. SANTANDER BRASIL UNIT SANB11.SA recuava 0,06 por cento e BANCO DO BRASIL BBAS3.SA caía 0,69 por cento, tendo ainda no radar anúncio de reforma da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), com previsão de despesa adicional de 300 milhões de reais este ano. ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em .PL.BVSP
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(Por Paula Arend Laier Edição Raquel Stenzel)