(Texto atualizado com dados oficiais de fechamento e mais informações)
SÃO PAULO, 15 Mai (Reuters) - O cenário externo desfavorável a ativos de risco pesou sobre a bolsa paulista nesta terça-feira, mas o avanço das ações da Petrobras atenuou a pressão sobre o principal índice da B3.
As operações também foram influencias pela repercussão de resultados corporativos, entre eles o da CSN e da JBS, na reta final da temporada de balanços no país.
O Ibovespa .BVSP caiu 0,12 por cento, a 85.130 pontos. O volume financeiro do pregão somou 13,965 bilhões de reais.
No exterior, o dólar valorizou-se ante uma cesta de moedas .DXY e Wall Street fechou em queda, com dados sobre vendas no varejo indicando aceleração da inflação norte-americana e elevando o rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
Para o gestor chefe da Garín Investimentos, Ivan Kraiser, o comportamento do Treasury de 10 anos somou-se ao resultado de pesquisa eleitoral na véspera, pressionando o mercado brasileiro como um todo. no radar esteve a revisão semestral do índice de ações MSCI Brazil, que incluiu BR Distribuidora BRDT3.SA , o IRB Brasil IRBR3.SA e a Magazine Luiza MGLU3.SA , enquanto Qualicorp QUAL3.SA e Taesa TAEE11.SA foram excluídas.
As mudanças entram em vigor no fechamento do dia 31 de maio. (https://app2.msci.com/eqb/gimi/stdindex/MSCI_May18_STPublicList.pdf)
DESTAQUES
- PETROBRAS PN PETR4.SA subiu 2,1 por cento, a 26,79 reais, máxima de fechamento desde abril de 2010, superando a cotação da capitalização naquele ano, quando a precificou as novas ações preferenciais a 26,30 reais. PETROBRAS ON PETR3.SA ganhou 2,52 por cento, a 30,91 reais, máxima desde maio de 2010. As ações ON já tinham superado a cotação da oferta na véspera, fechando a 30,15 reais, acima dos 29,65 reais da capitalização. A sessão não teve tendência clara do petróleo no exterior e marcada por notícias envolvendo a cessão onerosa. BANCO DO BRASIL BBAS3.SA caiu 2,72 por cento, entre as maiores pressões negativas do Ibovespa, com o setor de bancos no vermelho. BRADESCO PN BBDC4.SA e ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA recuaram 0,59 e 0,38 por cento, respectivamente, enquanto SANTANDER UNIT SANB11.SA cedeu 1,29 por cento.
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QUALICORP QUAL3.SA caiu 6,08 por cento, tendo no radar a revisão do MSCI, conforme muitos fundos usam o índice como referência para suas carteiras. TAESA TAEE11.SA , também excluída do índice, recuou 3,55 por cento.
- BRMALLS BRML3.SA subiu 4,08 por cento, em meio à repercussão do balanço no primeiro trimestre, quando a administradora de shopping centers teve lucro ajustado de 150,4 milhões de reais, alta de 36 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. JBS JBSS3.SA fechou em alta de 1,88 por cento, após resultado no primeiro trimestre, com lucro líquido de 506,5 milhões de reais, e anúncio da companhia de alimentos de acordo de normalização de dívida com bancos. CSN CSNA3.SA encerrou em baixa de 1,26 por cento, em sessão volátil, após reportar lucro líquido de 1,486 bilhão de reais no primeiro trimestre, e aprovação pelo conselho da venda da participação na Companhia Siderúrgica Nacional LLC, nos EUA, para a Steel Dynamics. MARFRIG MRFG3.SA fechou com acréscimo de 0,89 por cento, após perdas registradas mais cedo, na esteira do balanço do primeiro trimestre com prejuízo líquido de 206 milhões de reais, ante resultado negativo de 233 milhões de reais no mesmo período de 2017. EMBRAER ON EMBR3.SA subiu 4,24 por cento, com ações de exportadoras e empresas com receita beneficiada pela valorização do dólar novamente na ponta positiva do índice, após a moeda chegar a 3,6943 reais BRBY na máxima da sessão. BRASKEM BRKM5.SA , WEG WEGE3.SA e KLABIN KLBN11.SA também subiram.
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(Por Paula Arend Laier; edição de Aluísio Alves)