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BOVESPA-Índice recua com mercado ainda fragilizado por greve; Petrobras cai

Publicado 30.05.2018, 15:57
BOVESPA-Índice recua com mercado ainda fragilizado por greve; Petrobras cai
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO, 30 Mai (Reuters) - O principal índice de ações da B3 mostrava fraqueza nesta quarta-feira, véspera de feriado no Brasil, com investidores ainda calculando os efeitos da greve dos caminhoneiros e das medidas para encerrar a paralisação para as empresas e , embora exista uma percepção entre agentes financeiros de que o pior pode ter passado.

Às 11:54, o Ibovespa recuava 0,34 por cento, a 75.816 pontos. O volume financeiro somava 4 bilhões de reais.

A "normalização do abastecimento de combustíveis começa a ganhar força, e a sensação de que o pior passou se dissemina", destacou a equipe da corretora H.Commcor em nota a clientes, não descartando, contudo, continuidade da correção negativa dos ativos brasileiros.

"O mercado ainda está muito frágil", disse um gestor do Rio de Janeiro. "Apesar de melhor, a situação ainda não está resolvida. E ainda precisam ser apurados os tamanhos dos prejuízos", disse outro gestor em São Paulo.

Estrategistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) cortaram a recomendação das ações brasileiras para 'equal-weight' em seu portfólio para América Latina e reduziram o seu preço-alvo para o Ibovespa no final do ano para 75 mil pontos ante 82 mil anteriormente, citando entre os fatores o cenário eleitoral exterior, Wall Street mostrava ganhos, com papéis se recuperando após o recuo na véspera, quando pesou a preocupação com a crise política na Itália. O dólar também recuava ante uma cesta de moedas .DXY e o petróleo subia CLc1 LCOc1 .

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL BBAS3.SA subia 2,1 por cento, capitaneando o avanço das ações de bancos do Ibovespa, no segundo dia de alta. O JPMorgan (NYSE:JPM) soltou nota a clientes afirmando que a ação estava em um patamar de preço interessante, "um ponto de entrada convincente". BRADESCO PN BBDC4.SA tinha elevação de 0,10 por cento, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN ITUB4.SA recuava 0,58 por cento.

- PETROBRAS PN PETR4.SA e PETROBRAS ON PETR3.SA caíam 2,6 e 1 por cento, tendo no radar greve em pelo menos 20 plataformas da companhia e manutenção das incertezas acerca de influência governamental na política de preços da petroleira de controle estatal. Também trouxe desconforto a renúncia de membro independente do conselho de administração. Analistas do Santander (MC:SAN) cortaram a recomendação dos ADRs da Petrobras para "manter". VALE VALE3.SA tinha variação positiva de 0,14 por cento, tendo como pano de fundo a alta dos preços do minério de ferro à vista na China .IO62-CNO=MB .

- MARFRIG MRFG3.SA caía 1,7 por cento, com o setor de proteínas como um todo em queda, em meio ao forte efeito da paralisação dos caminhoneiros no setor. BRF BRFS3.SA caía 0,85 por cento, JBS JBSS3.SA cedia 1,1 por cento e MINERVA BEEF3.SA , que não está no índice, recuava 2,33 por cento.

- ECORODOVIAS ECOR3.SA valorizava-se 2,48 por cento, também dando continuidade aos ganhos da véspera, após recuar com força nas sessões anteriores, também afetada pelos efeitos da greve dos caminhoneiros e das medidas para encerrar a paralisação. O UBS elevou a recomendação das ações para 'compra', citando que "estavam muito baratas para ignorar". No setor, CCR CCRO3.SA subia 0,4 por cento.

- MAGAZINE LUIZA MGLU3.SA avançava 2,7 por cento e VIA VAREJO UNIT VVAR11.SA tinha alta de 1,8 por cento, também reagindo a perspectivas de alguma normalização nos transportes de cargas, depois que o setor de consumo foi atingido pela greve dos caminhoneiros que comprometeu o fornecimento e o escoamento de produtos.

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(Por Paula Arend Laier Edição de Raquel Stenzel)

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