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BPI com lucro 210 ME 1ro Tri'18, actividade doméstica forte

Publicado 20.04.2018, 18:07
© Reuters.  BPI com lucro 210 ME 1ro Tri'18, actividade doméstica forte
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LISBOA, 20 Abr (Reuters) - O BPI BBPI.LS , detido em 84,52 pct pelo Caixabank CABK.MC , teve um lucro líquido consolidado de 210 milhões de euros (ME) no primeiro trimestre de 2018, depois de um prejuízo de 122 ME no período homólogo de 2017, com o lucro da actividade em Portugal a alcançar os 118 ME, anunciou o banco.

"Para este resultado contribuiu o lucro líquido da atividade registada em Portugal, que alcançou os 118 ME (+175 pct), incluindo um ganho de 60 ME com a reavaliação da participação da Viacer para o valor acordado da venda anunciada em Fevereiro de 2018. A actividade em Portugal contribuiu com 56 pct para o resultado consolidado", explicou o BPI.

Adiantou que a intensa actividade comercial do BPI permitiu alcançar um lucro líquido recorrente das operações em Portugal de 58 ME, no primeiro trimestre, o que representa um acréscimo de 24 pct face ao mesmo período de 2017.

"No que se refere às participações nos bancos africanos, o BFA teve um contributo positivo de 86 ME, que inclui os impactos do reconhecimento da participação no BFA de acordo com as IAS 29 e da desvalorização do kwanza, e o BCI contribuiu com 5 ME", frisou.

Realçou que a boa evolução da actividade da rede de balcões no mercado doméstico traduziu-se no aumento de 590 ME nos depósitos de clientes para 19.615 ME, o que permitiu contrabalançar a descida nos depósitos de investidores institucionais e financeiros, "que resulta de uma política activa do BPI de redução da oferta destes produtos com o objetivo de optimização dos rácios de liquidez".

O produto bancário recorrente aumentou 8,5 pct no primeiro trimestre de 2018, em termos homólogos, para 186 ME e a margem financeira subiu 3,6 pct para 101,5 ME, "refletindo uma redução do custo médio dos depósitos e o efeito volume do crescimento da carteira de crédito em Portugal".

As receitas de comissões líquidas aumentaram 11,9 pct, em termos homólogos, para 69 ME, fruto de uma maior actividade comercial do BPI em todos os segmentos de negócio, face ao período homólogo do ano anterior. As comissões bancárias aumentaram 13 pct, as de intermediação de seguros subiram 8,6 pct e as de gestão de activos somaram 11,7 pct.

Em sentido contrário, os custos de estrutura recorrentes diminuíram 0,5 pct paa 111,3 ME. O BPI prevê atingir um cost‐to‐income próximo de 50 pct em 2020.

Os custos com pessoal diminuíram 7,3 pct para 60,9 ME, contudo, os custos administrativos aumentaram 11 pct para 45,2 ME, "uma subida já prevista devido ao investimento necessário à execução do plano de sinergias, investimento em novas tecnologias e custos legais não recorrentes".

O BPI estima que em 2019 será iniciada uma trajetória de redução destes custos.

O volume total de crédito a empresas em Portugal subiu 251 ME para 7.420 ME, excluindo project finance e a carteira da sucursal de Madrid. A carteira do segmento de grandes e médias empresas subiu 4,5 pct até Março de 2018 e o crédito a empresários e negócios progrediu 1,2 pct desde o início do ano.

Acrescentou que a carteira total de crédito a clientes teve uma subida de 2 pct nos três primeiros meses do ano, para 22.697 ME, com a contratação de novo crédito hipotecário a ascender a 326 ME, o que representa um crescimento de 35 pct no primeiro trimestre de 2018.

MELHOR RÁCIO NPE PORTUGAL

Segundo os critérios da EBA, o BPI regista o melhor rácio de Non-performing Exposures (NPE) do sector financeiro em Portugal, com 4,6 pct em Março de 2018 face a 5,1 pct em Dezembro de 2017, "reflectindo o rigor da política de crédito e de análise de risco", frisando que a cobertura de NPE por imparidades e colaterais ascende a 122 pct.

"A elevada qualidade da carteira de crédito permitiu reversões de imparidades no valor de 7,7 ME. Adicionalmente, recuperaram-se 3,5 ME de créditos anteriormente abatidos ao activo".

Assim, o custo do risco de crédito, medido pelas imparidades líquidas de recuperações de crédito anteriormente abatido ao ativo, desceu de -6,3 no primeiro trimestre de 2017, para -11,2 ME nos três primeiros meses de 2018.

O rácio de CET1 'fully loaded' ascendia a 11,4 pct e o rácio total 'fully loaded' a 13,2 pct em Março de 2018. (Por Patrícia Vicente Rua)

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