LISBOA, 25 Jul (Reuters) - O lucro líquido consolidado do Banco BPI BBPI.LS , detido em 84,52 pct pelo espanhol Caixabank CABK.MC , disparou 77 pct para 188 milhões de euros (ME), com menores imparidades de crédito e redução de custos, assim como estabilidade da margem financeira.
O resultado consolidado reportado no primeiro semestre de 2017 foi negativo em 102 ME, reflectindo impactos não-recorrentes negativos de 290 ME após impostos: 212 ME com a venda e desconsolidação do BFA e 77 ME com programa de rescisões e reformas antecipadas voluntárias.
Em Janeiro de 2017, o BPI concluiu a venda de dois pct do Banco de Fomento Angola (BFA) à Unitel - que tem Isabel dos Santos como accionista-chave - e esta telecom passou a controlar 51,9 pct, enquanto o banco português reduziu para 48,1 pct e passou a cumprir a exigência do Banco Central Europeu (BCE) que reduzisse a exposição excessiva àquele país africano.
O BPI já tinha anunciado que aquela venda e consequente desconsolidação representou um impacto negativo de 212,3 ME nos resultados do primeiro trimestre, tendo passado o BFA a ser reconhecida nas contas do Grupo BPI pelo método de equivalência patrimonial.
A margem financeira consolidada situou-se praticamente flat face ao período homólogo nos 200 ME nos seis meses de 2017.
Os depósitos de clientes aumentaram 1,6 pct em termos homólogos para 20.69 ME em Junho de 2017.
Realçou a "elevada qualidade da carteira de crédito", com as imparidade para crédito e garantia a descerem para 16,6 ME no primeiro semestre de 2017 versus 35,8 ME há um ano atrás.
Os custos de estrutura recorrentes desceram 8,5 pct em termos homólogos.
O 'common equity' Tier 1 (CET1) 'phasing in' fixou-se em 11,9 pct e o rácio de solvabilidade total em 13,3 pct. (Por Sérgio Gonçalves; Editado por Daniel Alvarenga)