LISBOA, 31 Ago (Reuters) - A área de estudos económicos do Millennium bcp disse que:
** A economia de Portugal teve um fraco ritmo de expansão na primeira metade do ano, tanto em termos quantitativos, como qualitativos, nomeadamente a reversão da trajetória de recuperação do investimento.
** "Para o objetivo do OE (crescimento de 1,8 pct) se concretizar, será necessário que na segunda metade do ano o PIB português cresça 1,3 pct em cada um dos trimestres, valor que, em termos históricos, apenas é comparável com o crescimento registado em alguns trimestres entre 1996 e 2001".
** A economia de Portugal cresceu em cadeia uns anémicos 0,3 pct no segundo trimestre de 2016, com a fraca procura interna a perder fôlego face ao primeiro trimestre, mas as exportações líquidas a darem um contributo positivo, segundo o Instituto Nacional de Estatística, que reviu em leve alta a sua estimativa anterior.
O INE referiu, numa segunda leitura, que o Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 0,9 pct entre Abril e Junho de 2016, comparando com o período homólogo de 2015, mas muito aquém do crescimento que seria necessário para o Governo socialista atingir a meta de um crescimento de 1,8 pct em 2016.
** Em termos homólogos, a taxa de crescimento do PIB manteve-se em 0,9%, suportada igualmente pelo contributo positivo das exportações líquidas (0,2 pontos percentuais), que "permitiu atenuar o impacto da contração do investimento".
** "Do lado da oferta, salienta-se a retração da atividade industrial e da construção, enquanto que os serviços associados ao comércio, ao alojamento e à restauração continuam a crescer a um ritmo assinalável, em torno dos 3 pct".
(Por Sérgio Gonçalves; Editado por Patrícia Vicente Rua)