Por Claudia Violante
SÃO PAULO, 18 Abr (Reuters) - Num dia de agenda esvaziada e cenário externo mais tranquilo, o dólar manteve o movimento de correção e fechou esta quarta-feira em queda, pelo terceiro pregão seguido e no patamar de 3,38 reais, mas sem tirar o olho no cenário político local.
O dólar BRBY recuou 0,82 por cento, a 3,3801 reais na venda, acumulando queda de 1,34 por cento nestes três pregões. Na mínima do dia, a moeda foi a 3,3738 reais. O dólar futuro DOLc1 tinha baixa de cerca de 0,85 por cento no final da tarde.
"O nível de 3,38 reais estava sendo bem defendido, mas quando foi rompido, a queda (do dólar) deu uma acelerada", comentou o operador de câmbio de uma corretora local.
Ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno CLP= e mexicano MXN= , o dólar operava em baixa nesta sessão, em meio às menores preocupações de que a China e os Estados Unidos possam iniciar uma guerra comercial, aumentando o apetite por risco nos mercados financeiros.
O dólar tinha leve alta ante a cesta de moedas .DXY após alcançar a mínima de três semanas. o cenário político seguiu no foco, com os investidores acompanhando os prováveis candidatos à Presidência se articulando para garantir apoio e decolar nas pesquisas de intenção de voto, lideradas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mesmo com ele preso.
Lula é considerado pelos mercados financeiros menos comprometido com o atual ajuste fiscal e o mercado teme que um candidato com as mesmas características vença as eleições.
O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,360 bilhão de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio. {nEMN3013R9]
Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês. (Edição de Patrícia Duarte e Camila Moreira)