💎 Veja as empresas mais saudáveis no mercado atualComeçar

CEO Novo Banco diz prioridade é venda directa, 4 concorrentes preparam propostas

Publicado 23.09.2016, 09:27
© Reuters.  CEO Novo Banco diz prioridade é venda directa, 4 concorrentes preparam propostas
BBPI
-
BCP
-

LISBOA, 23 Set (Reuters) - O Fundo de Resolução mantém como prioridade a venda directa do 'good bank' Novo Banco, estando aparentemente os quatro concorrentes que se perfilaram em Junho, a criar condições para apresentarem ofertas, disse o Chief Executive Officer (CEO) António Ramalho.

Em 30 de Junho, o BP anunciou que recebeu quatro propostas para a compra do Novo Banco, na segunda tentativa de alienação deste banco de transição, que surgiu dos escombros do colapsado Banco Espírito Santo (BES) em meados de 2014.

O BP, que é a autoridade de resolução, não identificou os interessados, mas fontes financeiras disseram à Reuters que o BPI BBPI.LS , o fundo norte-americano Apollo APO.N aliado à 'private equity' Centerbridge, e a 'private equity' Lone Star apresentaram propostas para comprar o Novo Banco.

O Millennium bcp BCP.LS entregou uma carta de interesse com determinado perfil, mas sem avançar uma proposta financeira concreta.

"Estamos satisfeitos pelo máximo de interessados possíveis, que continuam, digamos assim, no processo de venda directa, que como está escrito na carta (enviada aos colaboradores esta semana), nós damos prioridade", disse António Ramalho, em declarações aos jornalistas televisionadas pela SIC.

"(Há) uma prioridade específica: venda directa. Tivemos a boa notícia que os quatro concorrentes aparentemente estão a criar condições para puderem fazer as suas ofertas", adiantou.

Frisou: "o Fundo de Resolução, sobretudo, aguarda as melhores condições para que essas ofertes sejam feitas".

"A venda directa é um processo que está a correr, é liderado pelo Fundo de Resolução e muito bem. Quanto a todos os outros (potenciais interessados), assinei acordos de confidencialidade", disse, adiantando: "todos os acordos de confidencialidade, como podem imaginar, por questões de princípio, não os comentarei".

A 20 de Setembro, numa carta enviada aos colaboradores, António Ramalho tinha dito que o Novo Banco atraiu o interesse comprador de novos investidores institucionais no último mês, para além das quatro propostas recebidas pelo Banco de Portugal (BP) em Junho, e o 'good bank' está a finalizar os trabalhos cruciais para um eventual IPO institucional.

"Não existe assim, objectivamente, nenhuma razão, para que o banco não encontre um ou vários accionistas neste processo de venda em curso, nesta ou noutra modalidade", disse António Ramalho, numa nota interna, enviada ontem ao início da noite aos seus colaboradores, a que a Reuters teve acesso.

Nessa missiva, António Ramalho lembrou que há um mês, quando tomou posse, assumiu com primeira prioridade uma "nova responsabilidade na gestão do capital que envolve o Management na resolução do problema accionista".

"Nesse sentido, continuamos a apoiar intensamente o Fundo de Resolução na venda directa, estamos em vias de terminar os trabalhos essenciais à preparação de um eventual IPO para Institucionais", disse, explicando que foi criada uma equipa para "desenvolver e apresentar várias soluções de capital, alternativas e complementares ao processo em curso".

"Neste mês também se notou uma renovada atenção dos actuais concorrentes à compra direta do nosso banco, bem como um novo interesse por novos investidores potenciais em ambiente de IPO (Initial Public Offering)", referiu António Ramalho.

Os analistas têm realçado que o Novo Banco tem várias contingências legais, que podem representar um risco muito elevado para os eventuais compradores, dificultando a alienação.

Aquando da resolução do BES, foi injectado 4.900 milhões de euros (ME) no capital do Novo Banco, tendo o Tesouro concedido um empréstimo de 3.900 ME ao Fundo de Resolução, que é detido pelos bancos do sistema.

A 30 de Dezembro de 2015, o BP transferiu de volta para o 'bad bank' BES obrigações com 1.985 ME de valor de balanço, permitindo reforçar o capital do Novo Banco, mas levando a um conjunto de acções judiciais contra esta determinação.

No fim de 2015, as autoridades europeias estenderam o prazo máximo de venda deste banco de transição em um ano para até Agosto de 2017.

Em simultâneo, o BP alargou as opções do modelo de alienação, passando a prevêr que o banco possa ser vendido directamente a investidores estratégicos da banca ou seguros, a institucionais, ou numa oferta pública de acções.

(Por Sérgio Gonçalves)

Últimos comentários

Divulgação de riscos: A realização de transações com instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve altos riscos, incluindo o risco de perda de uma parte ou da totalidade do valor do investimento, e pode não ser adequada para todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos tais como eventos financeiros, regulamentares ou políticos. A realização de transações com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir realizar transações com instrumentos financeiros ou criptomoedas, deve informar-se sobre os riscos e custos associados à realização de transações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente os seus objetivos de investimento, nível de experiência e nível de risco aceitável, e procurar aconselhamento profissional quando este é necessário.
A Fusion Media gostaria de recordar os seus utilizadores de que os dados contidos neste website não são necessariamente fornecidos em tempo real ou exatos. Os dados e preços apresentados neste website não são necessariamente fornecidos por quaisquer mercados ou bolsas de valores, mas podem ser fornecidos por formadores de mercados. Como tal, os preços podem não ser exatos e podem ser diferentes dos preços efetivos em determinados mercados, o que significa que os preços são indicativos e inapropriados para a realização de transações nos mercados. A Fusion Media e qualquer fornecedor dos dados contidos neste website não aceitam a imputação de responsabilidade por quaisquer perdas ou danos resultantes das transações realizadas pelos seus utilizadores, ou pela confiança que os seus utilizadores depositam nas informações contidas neste website.
É proibido usar, armazenar, reproduzir, mostrar, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos neste website sem a autorização prévia e explicitamente concedida por escrito pela Fusion Media e/ou pelo fornecedor de dados. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados pelos fornecedores e/ou pela bolsa de valores responsável pelo fornecimento dos dados contidos neste website.
A Fusion Media pode ser indemnizada pelos anunciantes publicitários apresentados neste website, com base na interação dos seus utilizadores com os anúncios publicitários ou com os anunciantes publicitários.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que há qualquer discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.