FRANKFURT, 25 Jun (Reuters) - A empresa alemã RWE RWEG.DE está a destinar 1.500 milhões de euros por ano para investimentos em energia verde após um acordo para desmembrar a sua unidade Innogy IGY.DE , disse o seu executivo-chefe a um jornal alemão.
"Após a conclusão da transação, queremos investir e, financeiramente, podemos fazê-lo. Temos 1.500 ME por ano disponíveis para a energia verde", disse Rolf Martin Schmitz ao jornal Rheinische Post.
A RWE e a E.ON EONGn.DE em março planos abrangentes para desmembrar a Innogy e dividir os seus activos, transformando a RWE na segunda maior concessionária de energia eólica da Europa e a E.ON na maior operadora de redes de gás e energia da Europa.
O acordo da Innogy, que acontecerá em várias etapas devido à sua estrutura complexa, está a progredir bem, disse Schmitz.
"Estamos em contacto com os reguladores anti-trust de vários países e estamos no caminho certo. Espero que a E.ON e a RWE recebam todas as aprovações em 2019 e que o negócio possa ser concluído", disse ele ao jornal.
Ao mesmo tempo, a RWE está a procurar oportunidades de construir ou comprar unidades de energia, disse ele, mas acrescentou que a RWE não estava interessada em nenhuma das usinas da Steag.
Comentando os esforços do governo alemão para decidir o cronograma para uma retirada do carvão como fonte de energia, Schmitz advertiu contra a tentativa de saída até 2030.
"Isso não pode ser feito, mesmo que a energia renovável possa cobrir 65 por cento das necessidades de energia até então", disse ele, dizendo que os investimentos necessários para uma saída tão precoce seriam imensos e que milhares de empregos poderiam estar em risco.
"O mosso planeamento de equipa é voltado para a manutenção da mineração a céu aberto até meados do século", disse ele.
Se o governo pressionar por uma saída antecipada do carvão, a RWE está preparada para reivindicar indemnizações, disse ele. (US $ 1 = 0,8580 euro) (Reportagem de Maria Sheahan)
História em inglês: (Traduzido para português por Sérgio Gonçalves)