SEUL, 17 Fev (Reuters) - O chefe do grupo Samsung, Jay Y. Lee, foi preso na sexta-feira, anunciou um tribunal sul-coreano, pelo seu suposto papel num escândalo de corrupção que levou o Parlamento a acusar a presidente do país, Park Geun-hye.
O Tribunal do Distrito Central de Seul, contudo, rejeitou um pedido para emitir um mandado de prisão para o presidente da Samsung Electronics 005930.KS , Park Sang-jin, que também chefia a Federação Equestre da Coreia.
Lee, de 48 anos, foi levado para o Centro de Detenção de Seul, onde aguardou a decisão do tribunal após uma audiência fechada de um dia que terminou na noite de quinta-feira.
O mesmo tribunal rejeitou um pedido dos procuradores no mês passado para prender Lee. Na terça-feira, o Ministério Público Especial pediu novamente a prisão de Lee por suborno e outras acusações.
A Procuradoria afirmou ter obtido provas adicionais e fez mais acusações contra Lee, líder da terceira geração do grupo, no último pedido de prisão. O pai de Lee, o patriarca do grupo Samsung Lee Kun-hee, ficou incapacitado por um ataque cardíaco em 2014.
"Reconhecemos a causa e a necessidade da prisão", disse o juiz em sua decisão, citando alegações adicionais e provas.
O grupo Samsung - maior fabricante de smartphones do mundo - informou que fará o seu melhor para garantir que a verdade seja revelada em futuros processos judiciais, após a prisão de Lee.
A Procuradoria concentrou as suas investigações na relação do grupo Samsung [SAGR.UL] com Park, que foi acusada em dezembro e foi destituída dos seus poderes, enquanto o Tribunal Constitucional decide se deve ou não sustentar o seu impeachment.
Os procuradores acusaram a Samsung de pagar subornos no valor de 43 bilhões de wons (37,74 milhões de dólares) para organizações ligadas a uma amiga próxima de Park, Choi Soon-sil, para garantir o apoio do governo para a fusão de duas unidades da Samsung.
(Traduzido para português por Lisboa Editorial)