LISBOA, 25 Mai (Reuters) - Debruçado sobre o balcão banhado a ouro do "Mundo Fantástico das Sardinhas" na capital de Portugal, o caixa Andre Moureira esperou ate um único cliente quebrar o tédio da manhã.
"Está definitivamente muito calmo", lamentou-se na loja orientada para turistas, onde apenas três ou quatro pessoas entram por dia para ver as latas chamativas e até um carrossel com tema de peixe.
Ao fundo da estrada, Rosa Amélia inclina-se para a vitrine da sua loja Discoteca Amalia vendendo CDs da melancólica música portuguesa, Fado, pegando cada um e limpando-os cuidadosamente. "Eu tive quatro clientes desde que abri a 4 de Maio", disse ela. "É horrível."
Durante dois meses e meio durante a crise do coronavírus, as empresas portuguesas enfrentaram um colapso quase total nos clientela, com pouco ou nenhum auxílio estatal.
Desde o início da pandemia, um total de 83.000 empresas recebeu uma média de apenas 432 euros (471 dólares) por trabalhador em fundos do governo para sustentar salários, segundo dados do Ministério do Trabalho.
Texto integral em inglês: (Reportagem de Victoria Waldersee, Traduzido para português por João Manuel Maurício, Gdansk Newsroom; Editado por Patrícia Vicente Rua em Lisboa)