LISBOA, 29 Dez (Reuters) - As principais bolsas europeias deverão abrir em queda após dois dias consecutivos de ganhos do STOXX 600 .STOXX que contudo se encaminha para fechar o ano com uma queda superior a 1 pct, com o foco a continuar sobre o processo de capitalização do italiano Monte Paschi, disseram dealers.
Os futuros do Euro STOXX 50 STXEc1 , do alemão DAX FDXc1 , do britânico FTSE FFIc1 e do francês CAC FCEc1 seguem a cair entre 0,4 e 0,5 pct.
* Ontem, o principal índice accionista português PSI20 .PSI20 fechou a perder 0,25 pct, em mais uma sessão de fraco volume, pressionado pelas descidas dos principais pesos-pesados, nomedamente do Millennium bcp BCP.LS que bateu em mínimos históricos penalizado pela debilidade do sector europeu e receios de um aumento de capital.
As acções do BCP desceram 2,37 pct, após terem chegado a cair 3 pct para um mínimo histórico de 1,0301 euros, penalizadas pela debilidade do sector europeu, menor interesse institucional antes do fim de ano e receios de que possa ainda precisar de capital.
* O Monte dei Paschi tem estado no centro das atenções, tendo as suas acções suspensas, após o Banco Central Europeu anunciar que o banco italiano tem de preencher um défice de capital de 8.800 milhões de euros (ME), bem mais que os 5.000 ME antes estimados.
O Governo italiano poderá ter de intervir para ajudar a injectar capital. Esta manhã, numa entrevista ao diário italiano Il Sole Ore 24 Ore, o ministro da economia de Itália disse que os planos para salvar o Monte dei Paschi vão deixar o banco 'hiper-capitalizado', mas não 'sobre-capitalizado'. A Ásia negoceia em terreno negativo, com destaque para o tombo de 17 pct do conglomerado Toshiba, a terceira sessão de fortes quedas relacionadas com o potencial reconhecimento de grandes perdas com derrapagens de custos no negócio nuclear.
* Dados fracos da venda de casas nos Estados Unidos desencadearam quedas em Wall Street na sessão anterior, ainda que num contexto de fraco volume.
Os contratos para comprar casas usadas nos Estados Unidos caíram para o nível mais baixo em quase um ano em Novembro, um sinal que as subidas das taxas de juro poderão estar a começar a pesar no mercado imobiliário. (Por Daniel Alvarenga)